Por Geraldo Maia do Nascimento
Em 16
de agosto de 1907 nascia em Martins (RN), Raimundo Nonato da Silva, filho do
casal lavrador João Cardoso da Silva e Ana de Lima e Silva. Teve seus primeiros
anos enfrentando dias difíceis em trabalhos rudes, de ajudas aos seus pais na
tarefa do campo.
Raimundo Nonato da Silva
Emigrou jovem para Mossoró, trazido pela seca que pôs abaixo
as esperanças paternas de aurir proveito no amanho da terra, tendo enfrentado
dificuldades para se firmar num aprendizado de primeiras letras e noções
gramaticais indispensáveis às necessidades educacionais. A mão benfazeja de
Raimundo Reginaldo da Rocha o aperfeiçoou para seu ingresso na Escola Normal de
Mossoró, de onde saiu professor primário na sua segunda turma em 1925. Cursou-a
com a maior distinção em todas as matérias. Foi aluno de tirocínio, o que lhe
valeu ter sido um dos primeiros a ingressar no magistério público como
professor e diretor de Grupos Escolares de São Miguel, Serra Negra, Apodi e
Natal, onde serviu adido à Secretaria de Educação do Estado. Sua atuação,
quando fixando residência em Mossoró, foi das mais proveitosas nos círculos
educacionais, intelectuais e jornalísticos. Exerceu magistério secundário na
Escola Normal de onde saiu diplomado, no Colégio Santa Luzia, Sagrado Coração
de Maria e na Escola Técnica de Comércio União Caixeiral, organização esta de
ensino profissionalizante que ajudou a fundar e de que foi diretor. Colaborador
da imprensa local, ora escrevendo artigos, comentários e suetos, ora
versejando com sua revelação poética que somente mais tarde ficou a descoberto.
Em vários anos, durante as festividades religiosas da padroeira, levantou
jornais humorísticos da temporada. Em Natal manteve esse mesmo ritmo, jamais se
negando em participar da responsabilidade de editar jornais e revistas
literárias e de associar-se a entidades cívicas. Formando em Direito pela
Faculdade de Alagoas, ingressou no Ministério Público, sendo nomeado Juiz de
Direito da Comarca de Apodi, em cuja função se aposentou. Fixa-se hoje no Rio
de Janeiro, sem nunca ter esquecido seu estado, principalmente sua terra
adotiva, de onde é assíduo participante do maior dia de sua história – o 30 de
Setembro. Raimundo nonato da Silva é professor, magistrado, jornalista,
cronista, historiador, escritor e poeta, possuindo uma bagagem literária que o
faz escritor de grandeza no Estado, somente sendo ultrapassado pelo historiador
Câmara Cascudo. São de sua autoria mais de quarenta trabalhos de fundo
literário, historiado e biográfico, dentre os quais “Quarteirão da Fome
(romance), “História de Lobisomem” (folclore), “Lampião em Mossoró” (já em 4a
edição), “Serra do Martins” (os homens, o tempo e os fatos), “Jesuíno Brilhante
– o Cangaceiro Romântico” (servindo como tema para filmagem cinematográfica),
“Bacharéis de Olinda e Recife” (norterriograndenses formados entre 1832 e
1932), “ Em revista o Centenário de O MOSSORONESE”, em colaboração com Walter
Wanderley, “Evolução Urbanística de Mossoró”, “Visões e Abusões Nordestinas”
(1º e 2 º volumes). Raimundo Nonato pertence, dentre outras, às sociedades
culturais – Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Academia
Norte- riograndense de Letras, Federação das Academias de Letras do Brasil,
Instituto Genealógico Brasileiro de São Paulo, Associação Brasileira de
Escritores, Sindicato dos Advogados do Brasil, Ordem dos Advogados do Brasil no
Rio de Janeiro, Associação de Professores do Rio Grande do Norte, Associação
Brasileira de Imprensa, Sindicato dos Jornalistas Liberais da Guanabara,
Sociedade Brasileira de Folclore de Natal e Instituto Cultural do Oeste
Potiguar de Mossoró.
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Autor: Jornalista Geraldo Maia do Nascimento
Fontes:
http://www.blogdogemaia.com/#
http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/secretaria_extraordinaria_de_cultura/DOC/DOC000000000111704.PDF
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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