Ela tinha
apenas 13 anos quando começou a se interessar por Cangaço. Precisamente por
Lampião. Queria saber tudo dele, afinal, era seu avô. O assunto passou a ser
prioridade nessa adolescente, mas que pensava como gente grande. Lia,
perguntava e viajava tendo Lampião e Maria Bonita na cabeça. O seu DNA é forte
e explica a coragem, curiosidade e valentia.
Vera Ferreira,
filha de Expedita, única filha do casal Maria Bonita\Lampião, nasceu em
Aracaju, Sergipe e tem três irmãos, mas é a única “cangaceira”. Há anos ela
garimpa objetos dos avós: armas, roupas, fotos e, sobretudo história ouvindo
ex-cangaceiros, ex-volantes, ex-coiteiros, familiares etc visando conhecer a
verdade. Viajou, pesquisou, lia tudo (ainda lê) sobre o assunto. Conheceu
amigos e inimigos. Lampião foi bandido ou herói? Eis a questão. E Maria Bonita?
Onde eles estão na história do Cagaço?
Passou a fazer
palestras quando se sentiu segura. Escreveu três livros. Dois em parceria com
Amaury Correa e um com Germana Araújo: Espinho de Quipá, De Virgolino a Lampião
e Bonita Maria do Capitão. Este, por ocasião do centenário de sua avó em 2011.
Inquieta por temperamento e herança, Vera não se acomoda. Detalhe: a neta de
Lampião é a primeira cinegrafista do Brasil, trabalhou nas mais
importantes emissoras de TV. Atualmente, organiza o Museu do Cangaço na Bahia,
terra de Maria Bonita. Vera faz jus ao nome, que significa verdade.
Neste mês,
esteve no Recife para proferir a palestra – O desafio de ser neta de Maria
Bonita, no dia 8 de março, data de aniversário da avó que nasceu no Dia
Internacional da Mulher.
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