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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

( MARIANO ) A MORTE MAIS CRUEL DOS CANGACEIROS.


Por José Francisco Gomes de Lima

Mariano Laurindo Granja nasceu 1898 em Afogados da Ingazeira Estado de Pernambuco. Era um cangaceiro da moda antiga. considerado uma pessoa Mansa, não se tem notícias de nenhuma atrocidade envolvendo o seu nome. Entrou para o Cangaço por questões de brigas envolvendo terras. Era uma pessoa muito carismática tendo até um apelido íntimo !! Cabeção.


" Suas atuações foram"

Entrou pro Cangaço no ano de 1924, mas só incorporou ao bando de Lampião no final do ano de 1925.

Foi um dos cinco cangaceiros que junto com Lampião atravessaram o São Francisco em rumo a Bahia no ano de 1928.


Esteve na ida a Juazeiro do Norte Ceará no ano de 1926 por ocasião da composição do batalhão patriótico organizado por Floro Bartolomeu e pelo Padre Cícero com intuito de combater a coluna Prestes.

Teve duas companheiras na vida de cangaceiro. A primeira chamava-se (Otília) e a segunda chamava-se (Rosinha) essa que esteve com ele no momento de sua captura e morte.

Participou do massacre na cidade de Queimadas onde foram mortos sete soldados.

Esteve no massacre à Mirandela distrito de Pombal - Bahia. E também participou ao ataque a Aquidabã Sergipe.

Passou a chefiar seu próprio bando submisso a Lampião em outubro de 1930.

No momento da sua morte ele e seu bando estavam jogando baralho no município de Porto da Folha, entre Garuru e Cangalecho - Sergipe. Lá estavam Pai Velho, Zabelê, Lavandeira, Quixabeira, Criança e o coiteiro João do pão e Rosinha sua mulher que na ocasião estava grávida.

A volante baiana comandada pelo então Tenente Zé Rufino rastrearam os rastros dos cangaceiros e encontraram um filho de João do pão com uma marmita de comida para o bando. Zé Rufino descobriu na hora, que aquilo era comida para cangaceiros, pois trabalhadores de roça não andavam no meio dos matos, e sim pelas estradas.

Mariano

O menino foi pressionado e levou a volante até o Lajedo local onde estavam Mariano e seu bando. Muito distraídos jogando baralho foi feito o cerco. Zé Rufino deu ordem para que fosse feito o tiroteio.

No primeiro momento tombaram dois cangaceiros. Mariano deu ordem para o cangaceiro Criança pegar Rosinha e desce fuga ela. Foi muito tiroteio. Mariano chegou a ficar sem fôlego e até engasgar com a fumaça de suas balas. as logo foi alvejado com um balaço ecocheteado de uma pedra que veio direto na coxa esquerda que o deixou sem andar.



O combate foi rápido cerca de 20 minutos além do mais, conseguiu fazer com que o resto do bando abandonasse o coito e levasse Rosinha para um abrigo seguro. Mariano não sabia mas dos cangaceiros pai Velho e Pavão já não estavam mais vivos. Mariano cercou-se em uma imburana onde ficou até as suas balas acabarem.

Zé Rufino vendo que ele estava sem munição fez um cerco e logo chegou atrás da árvore onde Mariano se encontrava ferido e agonizando. Zé Rufino ordenou que o matassem, mas antes queria identificá-lo, mas logo se viu que era o cangaceiro Mariano que foi descoberto por conta de uma cicatriz.

Zé Rufino e o volante Bem-Te-Vi

Zé Rufino deu a ordem ao volante conhecido como Bem-Te-Vi que tinha sede de vingança contra Mariano, pois Mariano tinha matado o seu pai e Zé Rufino sabia disso.

O volante disparou 16 tiros em Mariano, mas não o matou. Deu também dois golpes de punhal na barriga de Mariano que seus órgãos se espalharam no chão. Mas o cangaceiro ainda não morreu. Só agonizava de ódio e dor. Outro soldado vendo o seu amigo sendo frustrado, na tentativa de matá-lo puxou Mariano pelos cabelos e desferiu dois golpes mortal de facão degolando-o vivo.

Mariano faleceu em outubro, no ano de 1936.

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