Por Chandler B J.
A exatos 92
anos da tarde, do dia 13, de junho. Debaixo de uma chuva fina, os cangaceiros
atacaram. Ao som de uma corneta - pois Lampião gostava de fazer às coisas com
classe - e sob o estalar dos trovões, entraram na cidade, a pé, e divididos em
grupos. Cantando mulher rendeira, e gritando vivas e imprecações, abriram fogo
contra diversos pontos defendidos pelos habitantes da cidade.
Depois de meia
hora, sem conseguirem quebrar a defesa, um grupo tentou atacar a prefeitura,
mas recebeu uma saraivada se balas vinda da torre de uma igreja e de outros
lugares vizinhos. Batendo em retirada, deixaram um ferido no meio da rua, que
foi imediatamente fuzilado pelos defensores.
Um outro cangaceiro Jararaca,
tentou reaver as armas e munição do companheiro, e foi também ferido, mas
conseguiu fugir. Um outro grupo tentou tomar a estação ferroviária, mas
encontrou forte resistência e também teve que se retirar. Dentro de uma hora e
meia, os cangaceiros foram forçados a se retirarem da cidade, pois a tática de
ataque aberto não tinha dado resultados naquela ocasião.
Consta que Lampião
perdeu cinco ou seis de seus homens, neste ataque, embora só tenha sido
constatado a morte de três. Alem do que morreu no meio da rua, foi encontrado
outro corpo mais tarde, e o terceiro, Jararaca, morreu em circunstâncias muito
misteriosas.
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