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terça-feira, 13 de agosto de 2019

A PRAÇA É NOSSA

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de agosto de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.161.

 Pelos registros fotográficos encontrados, temos na década de 20, uma Igreja Matriz reformada em 1900. O terreno defronte, amplo e de terra nua. Parecia local de feira livre semanal, abandonado nos outros dias, apesar do florescente comércio entre final de vila e início de cidade. Nessa década, 1920, Santana do Ipanema somente possuía uma minúscula praça, onde hoje é o Largo Senador Enéas e tinha o nome de Praça da Independência. Portanto, apesar do prestígio da Igreja, o terreno defronte continuava bruto e pelado. Somente no início da década de 30, Santana do Ipanema ganhou a sua grande e segunda praça. Ocupando todo o terreno ocioso defronte a Matriz, a praça foi planejada e construída completamente murada em colunas de arte.

CASARÃO DE ESQUINA C/PELO CORONEL (Foto: B. Chagas).
         
          Inaugurada pelo intendente Frederico Rocha, em dia chuvoso, recebeu a denominação de Praça João Pessoa.
          Vamos encontrar o mesmo logradouro em 1960 no seu auge de beleza. É um completo jardim com passarelas de cimento, totalmente sem muradas. Tanque de aguação, flores, árvores frondosas e vigia permanente. Seu título novo era e ainda é, Praça Cel. Manoel Rodrigues da Rocha, uma alusão ao grande empresário falecido em 1920.
          No final do século passado, esse espaço foi transformado radicalmente, porém a mudança nunca agradou nem a gregos nem a troianos. Ainda hoje convivemos com ele. Mas, recentemente o mesmo prefeito que a modificou como moderna, acena com uma demolição e soerguimento de uma obra digna do brilhante Comércio e da Matriz de Senhora Santana.
          A notícia alegrou a todos porque a população quer a praça central como a mais bela e representativa da cidade, muito embora um calçadão último modelo fosse também insubstituível para pedestres. O que acontece, tanto praça quanto calçadão, é que o prefeito Isnaldo Bulhões não pode cometer o mesmo erro. Aguardamos, então, que a obra seja feita e concorra em beleza com a Matriz que é o nosso cartão postal máximo.
          A Cultura também agradecerá se o título permanecer o mesmo com a homenagem a quem fez tanto por Santana vila; bem assim como o Largo Senador Enéas, primeiro professor da nossa terra.


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