Foto: Painel de rua em Jericoacoara/Ce.
Zé Rufino agradece o convite mas recusa dizendo que não tem
pretensão daquela vida, de pegar em armas, derramar sangue, pois não queria ser
nem cangaceiro, nem soldado, Lampião ficou contrariado mas se foi. Algum tempo
depois Zé Rufino tocava em Salgueiro/Pe quando novamente chegou Lampião e seu
bando e novamente o convidou para lhe acompanhar, tendo Zé Rufino novamente
agradecido e recusado o convite.
Pouco tempo depois, Zé Rufino tocava numa
festa na fazenda Algodões em Belém de Cabrobó e Lampião, de novo, apareceu no
local, quando a música silenciou, Lampião, já irritado, manda chamar o
sanfoneiro, que comparece perante Lampião e percebe uns quatro cabras o
circundando, hora em que teve medo de morrer, Lampião pela terceira vez lhe
convida a acompanhar o bando, Zé Rufino pensa que terá que lutar para não
morrer, mas consegue persuadir Lampião e se esquivar do bando naquele momento e
fugiu para a Bahia.
Sentido-se ameaçado, perseguido e encurralado, decide,
mesmo a contra gosto, mas como meio de sobrevivência, ingressar nas fileiras
das Tropas Volantes da Bahia e logo virou um implacável caçador de cangaceiro e
obstinado perseguidor de Lampião, criou fama e respeito, ascendeu rapidamente
na corporação militar, tendo matado mais de vinte cangaceiros, o que lhe deu a
fama de “Matador de Cangaceiro”, dentre os cangaceiros mortos por ele, está
Corisco. Zé Rufino poupou a vida de Dadá e sua integridade física perante os
outros soldados em sua captura, após acertar-lhe um tiro na perna, que levou a
amputação da mesma. Em seu leito de morte, muitos anos depois, Zé Rufino pediu
a visita de Dadá, que o atendeu, oportunidade em que relembraram, choraram e se
desculparam.
João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 08/01/2020.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2697054527050799&set=gm.540583873212240&type=3&theater&ifg=1
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário