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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

VISITEI A IGREJINHA DAS TOCAIAS

 Clerisvaldo B. Chagas, 13 de outubro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.399


No pátio de entrada, uma árvore seca cheia de fitas nas suas galhadas representa grande número de promessas pagas ao Senhor Manoel da Paciência, nome trazido do oriente e que representa Nosso Senhor Jesus Cristo. Capelinha simples por fora e por dentro com umas quatro bancadas para sentar e ajoelhar. Alguns santos posicionados no altar único e singelo e uma força invisível destruidora de males dos devotos necessitados. Quem conhece o lugar, lembra as festas animadas que aconteciam na primeira gestão do saudoso prefeito Paulo Ferreira. Mas agora, tão solitária e enigmática, a capelinha parece sentir falta da movimentação humana em busca de graças e bênçãos.


         O verdume da Reserva defronte parece esperança de dias melhores para aquele templo de beira de estrada. Sua história foi resgatada por nós e entregue nas escolas da cidade, para a presente e futuras gerações. Graças aos seu abnegados zeladores ou administradores, a ermida continua de pé, testemunha e parte da história santanense. Estar sempre a precisar de um conserto, de uma porta novo, de uma pintura, e uma modificação qualquer no prédio ou nos arredores. Nesses tempos de pandemia, nem podemos trocar palavras presenciais com seus colaboradores diretos, mas temos ideias para passarmos que visam melhorar os aspectos externos sem mexer na singeleza apreciada pelo seu padroeiro.


Após quase sete meses confinado, saímos de casa, finalmente, para uma visita dominical à Igrejinha das Tocaias, vizinha à Reserva Tocaia. Após o final da Rua Joel Marques, no Bairro Floresta entramos à esquerda de uma bifurcação com estradas de terra. Quase 1 km de piso ruim e desprezado, cujo final é o riacho João Gomes. A temperatura estava altíssima e só havia verde e água na bela Reserva, o restante, seco com ares desértico. Ali, entre a fazenda Coqueiros e a Reserva, encontramos a igrejinha delimitada à margem da estrada, com arame farpado, cancela e cerca de pedras, tudo dentro de uma tarefa de terras; Material de construção na frente para reparar os três patamares da calçada e trabalho interrompido pelas últimas chuvas e a pandemia que se alastrou pelo mundo.

De volta entregamos a chave à zeladora, senhora Maria José Lírio e agradecemos a felicidade representante daquele domingo.

IGREJINHA DAS TOCAIAS (FOTOS: B. CHAGAS, INTERIOR, ÂNGELO RODRIGUES (EXTERIOR).  



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