Por Kydelmir Dantas
Há 52 anos que tinha lido um exemplar deste cordel O BOIADEIRO VALENTE, cujo autor é SEVERINO CARLOS. Lembro como se fosse hoje, madrinha MINU - a segunda esposa de nosso avô JOCA, ele pai de papai e de tia Dolôres, esta filha de Minú – me convocou pra ir até sua casinha, que ficava ao lado da casa grande, deu-me as ordens: “Meu fío. Abra este baú e tire um folheto que João Tavares me trouxe da feira do Cuité. Depois, leia em voz alta, pra mim.” Hoje, reli-o com a mente vagando naquele dia, vendo madrinha Minú com as mãos nos quartos, atenta à minha leitura.
A partir dali, quase todos os sábados eu tinha a obrigação de ler um folheto ou um romance (neste caso eram os tamanhos dos cordéis: folheto, era o de formato menor; romance, em formato maior), para ela ouvir; isto, depois de cumprir com as obrigações de ajudar seu Né em alguma tarefa do sítio. E de tanto ler folhetos e romances, de lá pra cá, me atrevo, hoje, a escrever e imprimir os meus. O que mais chama a atenção na capa deste folheto é que, ao invés de ser grampeado, era costurado; outrossim, a imagem da capa é uma foto de um negativo de filmes do gênero faroeste, com o ator americano Randolph Scott (1898-1987); o que não era incomum há 70 anos passados.
E FOI ESTE O PRIMEIRO CORDEL QUE LI EM MINHA VIDA. (Kydelmir Dantas – Sítio Chã da Bulandeira, Jaçanã-RN, 18/06/2021).
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