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sexta-feira, 16 de junho de 2023

ANTÔNIO NOCA, grande nome da música missãovelhense.

Por José Cícero da Silva

Para se juntar a outros músicos e maestros inesquecíveis da nossa história, tais como: o professor José Jácome de Carvalho, João de Nila e Gilvan Duarte(todos já falecidos), trago agora, para aumentar esta tríade fundamental para à evolução da música missãovelhense, o nome do Sr. ANTONIO NOCA SOBRINHO. Um personagem realmente marcante da nossa terra. Músico de formação, empreendedor e comerciante, de cuja prole possuía mais três irmãos também musicistas que se fizeram professores e maestros.

Antônio Noca começou muito cedo a trilhar os caminhos adustos e tortuosos da boa música. E tão logo saira da bancada estudantil formou orquestra sinfônica para tocar a priori nas cerimônias religiosas da igreja da sua cidade e região. Sendo que profissionalmente estreou em 1929 na cidade do Crato, depois derivou para Fortaleza e Recife, quando nesta última integrou a famosa banda da Cia.Ligth pernambucana de energia. No ano de 1935 já em MV integrou a pioneira banda de música do maestro José Jácome de Carvalho. Logo depois resolveu fundar a sua própria orquestra atuando, tanto em MV como por todo o Cariri cearense e parte da Paraíba e Pernambuco. Quando aliás nem havia ainda na cidade um Clube Social. De modo que ele decidiu criar por conta própria bem ao lado da centenária praça Nossa Senhora de Fátima o Bar e restaurante Apendi - o primeiro complexo de entretenimento popular da nossa urbe, que incluia espaço de lazer, salão de dança, música e de jogos. Um empreendimento comercial bastante moderno e organizado para os padrões da época. Um equipamento em forma de clube social que funcionou entre os anos de 1939 a 1946 coincidindo com a criação da 1• versão do Cariri Clube, cuja antiga sede ficava quase no final da rua estreita contigua ao velho prédio da União. Depois da guerra, ou seja, por volta de 1946 os jogos de azar e afins foram terminantemente proibidos em todo o Estado. O empreendimento então ficou reduzido, apenas ao restaurante sob a direção da esposa do músico a Sra. Maria Cavalcante (dona Nega) que até hoje tem fama de verdadeira expert na arte da culinária.

Com a orquestra inativa, ele ingressa no comércio local de rapadura, em sociedade com o então vereador e agropecuarista Casimiro Vicente Farias ficando até 1952 quando o seu sócio foi eleito prefeito municipal. Em seguida, passa a investir noutra atividade, quer seja no ramo do transporte rodoviário, indo até o ano de 1956. Quando por fim ingressa como funcionário público no cargo de fiscal fazendário. Era a época do surgimento do Cariri Clube em sua nova sede definitiva ao lado da estação ferroviária, quando novamente ele recria uma outra orquestra, à guisa de conjunto musical. Quando grandes bailes são realizados no clube recém construído. Aquele que se tornaria o mais tradicional e concorrido lugar de encontros festivos da sociedade missãovelhense da época.

Portanto, além de um já famoso instrumentista Antônio Noca era tido ainda como um exímio saxofonista e clarinetista. E desde então passa a exerce o papel de verdadeiro agitador cultural. Também foi bom compositor tendo escrito, ao que se sabe, pouco mais de 70 composições autorais. Algumas delas ainda inéditas até hoje. Embora nascido em Porteiras, veio ainda jovem para à terra de São José e amava Missão Velha como ninguém. Nasceu em 23 de novembro de 1911. Teve seis filhos, dentre os quais, o famoso jornalista Wilson Noca que hoje com oitenta anos ainda reside na capital cearense. Antônio Noca faleceu no dia 30 de setembro de 1961. Um grande nome, cuja memória precisa ser preservada às novas gerações dos missãovelhenses. E em seu nome pedimos: tragam a nossa banda de música municipal e a escolinha de volta!!

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