Por: Renato Cassimiro
Caro Rostand,
Leio sempre, com a melhor atenção, o que vem postado no blog do Cariri Cangaço, ou o que me remete diretamente. Grato pela atenção e meus cumprimentos pelos ótimos textos. E a propósito deste último, sobre Benjamimn Abraão, considero o trecho:
"Tudo indica que o imigrante se deu muito bem nas terras do “Padim Ciço” e se entrosou perfeitamente com a sociedade local. Segundo o jornal “Diário de Pernambuco”, edição de 27 de dezembro de 1936, ao apresentar o “Sírio” Abrahão, o periódico informava que o imigrante teria fundado um jornal chamado “O Cariri”.
Realmente, Benjamim tinha este jornal em Joazeiro. Acho que fotografei o exemplar por inteiro. Oportunamente poderei remeter uma cópia, se lhe interessa, ou a quem mais. Aí se trata da edição I (12): 24.03.1931, 10p. Não foi possível localizar todas as edições.
O Cariri: Data de Fundação (Número 1): 1930; Data de Encerramento (Última Edição): não identificada; Editor: Manoel Pereira Dinis e J. Rocha. Diretor: Dr. Antonio Alencar Araripe. Proprietário: Benjamin Abraão & Cia.; Dimensões: 34,0cm x 50,0cm; Periodicidade: semanal (aos sábados);
Se o jornal era regular, suas edições podem ter sido:
I(1):04.01.1930,4p;I(2):11.01.1930,4p;I(3):18.01.1930,
I(4):25.01.1930,4p;I(5):01.02.1930,4p;I(6):08.02.1930,
I(7):15.02.1930,4p; I(8):22.02.1930,4p;I(9):01.03.1930,
I(10):08.03.1930,I(11):15.03.1930,4p;I(12):24.03.1931,
Como se vê, ele era o proprietário, em nome de sua organização comercial de tecidos. Na sua redação se destacavam duas expressões de peso: Antonio Alencar Araripe, então advogado do Pe. Cícero, mais tarde deputado federal da bancada cearense, e Manoel Pereira Dinis que foi um dos primeiros biógrafos do Pe. Cícero, autor de Mistérios do Joaseiro, de 1935, que esperamos que saia em reedição durante este próximo semestre como parte da celebração do Centenário da cidade.
E, realmente, Benjamim parece ter sido bem entrosado na sociedade local. Aproveito para lhe enviar, também, uma foto do quadro dos primeiros reservistas do serviço militar do então Tiro de Guerra 48, de Juazeiro do Norte, em 26.12.1933, onde Benjamim figura dentre outros reconhecidos cidadãos da terra. (Ele é o quarto, da esquerda para a direita, na segunda linha, de baixo para cima). Observo, também, dentre os homenageados, o Dr. Plácido Aderaldo Castelo, então juiz da comarca. (o primeiro, sentado, da esquerda para a direita). Remeto estas duas imagens para seus arquivos, elogiando a revelação da imagem (para mim, inédita) de Benjamim, no Recife.
Abraço,
RENATO CASSIMIRO
Cariri Cangaço
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