O primeiro
compromisso da Caravana Cariri Cangaço no segundo dia em Lavras da Mangabeira
foi visitar o famoso Boqueirão do Rio Salgado; um
cenário realmente espetacular encravado em uma pequena chapada
formado um canyon sensacional por onde passam "todas as água do
cariri". O boqueirão do Rio Salgado encanta pela beleza e pelas suas
lendas. Uma visita imperdível.
Juliana
Ischiara
Imagens
do majestoso Canyon no rio Salgado
Chegada da
caravana Cariri Cangaço
Boqueirão do
Rio Salgado, também chamado Boqueirão de Lavras ou
simplesmente Boqueirão é uma pequena chapada dividida por
um boqueirão em meio à depressão sertaneja localizada no
município de Lavras da Mangabeira, no nosso estado do Ceará. Possui
uma gruta homônima em sua parte alta, que é cercada
de curiosas lendas. O nome provêm do fato de esse relevo sedimentar
encravado no sertão ser uma chapada residual, formada há milhares de anos, e
que foi sendo erodida pela ação das águas do Rio Salgado,
deixando uma fenda por onde corre o leito deste, numa espécie de canyon, lembrando
uma "grande boca" na linguagem popular.
Múcio
Procópio, Alberto Teixeira e Raul Sá
O
professor Istvan Major, levando as experiências vividas no Cariri Cangaço para
a Europa
O termo boqueirão,
por sua vez, também designa, na Geografia do Brasil, qualquer espaço de divisão
num acidente geográfico (serras, chapadas,
depressões ou planícies).O Boqueirão se localiza numa área de ecótono entre
dois biomas: caatinga e cerrado. Logo,
tanto nele quanto em áreas adjacentes existem plantas comuns aos dois
ecossistemas.
Boqueirão
do Rio Salgado em Lavras da Mangabeira
Vamos recorrer
ao amigo Calixto Junior para remontar a primeira registro histórico escrito
sobre esse espetacular cebário em nossa Lavras da Mangabeira:
"O Poeta
Gonçalves Dias, alcandorado, assim descreve conjuntamente a passagem:
"(...) demoramo-nos no Boqueirão, ponto notável por ter ali o Rio
Salgado solapado um travessão de rocha silicosa, que corria perpendicular ao
rio e servia de dique; com o tempo foram desabando aos poucos os fragmentos
desagregados por numerosas fendas verticais com coisa de 120 palmos de altura;
e em meia altura na direção das camadas desapegaram-se lascas, que pela
decomposição eram esbroadas e despeadas no rio pelas águas infiltradas na
rocha, do que resultou uma caverna que se vai estreitando para dentro com 300
palmos de profundidade; nos dois terços do seu comprimento, apagam-se as luzes;
para poder penetrar até o fundo ascendeu-se uma fogueira com capim
seco (...)"
Por: João
Tavares Calixto Jr em: http://lavrasce.blogspot.com.br
Manoel Severo
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