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sexta-feira, 24 de maio de 2013

O espetacular Boqueirão do Rio Salgado


O primeiro compromisso da Caravana Cariri Cangaço no segundo dia em Lavras da Mangabeira foi visitar o famoso Boqueirão do Rio Salgado; um cenário realmente espetacular encravado em uma pequena chapada formado um canyon sensacional por onde passam "todas as água do cariri". O boqueirão do Rio Salgado encanta pela beleza e pelas suas lendas. Uma visita imperdível.

 Juliana Ischiara
 Imagens do majestoso Canyon no rio Salgado
Chegada da caravana Cariri Cangaço

Boqueirão do Rio Salgado, também chamado Boqueirão de Lavras ou simplesmente Boqueirão é uma pequena chapada dividida por um  boqueirão em meio à depressão sertaneja localizada no município de Lavras da Mangabeira, no nosso estado do Ceará. Possui uma gruta homônima em sua parte alta, que é cercada de curiosas lendas. O nome provêm do fato de esse relevo sedimentar encravado no sertão ser uma chapada residual, formada há milhares de anos, e que foi sendo erodida pela ação das águas do Rio Salgado, deixando uma fenda por onde corre o leito deste, numa espécie de canyon, lembrando uma "grande boca" na linguagem popular.

 Múcio Procópio, Alberto Teixeira e Raul Sá
 O professor Istvan Major, levando as experiências vividas no Cariri Cangaço para a Europa

O termo boqueirão, por sua vez, também designa, na Geografia do Brasil, qualquer espaço de divisão num acidente geográfico (serras, chapadas, depressões ou planícies).O Boqueirão se localiza numa área de ecótono entre dois biomas: caatinga e cerrado. Logo, tanto nele quanto em áreas adjacentes existem plantas comuns aos dois ecossistemas. 

 Boqueirão do Rio Salgado em Lavras da Mangabeira

Vamos recorrer ao amigo Calixto Junior para remontar a primeira registro histórico escrito sobre esse espetacular cebário em nossa Lavras da Mangabeira: 

"O Poeta Gonçalves Dias, alcandorado, assim descreve conjuntamente a passagem: "(...) demoramo-nos no Boqueirão, ponto notável por ter ali o Rio Salgado solapado um travessão de rocha silicosa, que corria perpendicular ao rio e servia de dique; com o tempo foram desabando aos poucos os fragmentos desagregados por numerosas fendas verticais com coisa de 120 palmos de altura; e em meia altura na direção das camadas desapegaram-se lascas, que pela decomposição eram esbroadas e despeadas no rio pelas águas infiltradas na rocha, do que resultou uma caverna que se vai estreitando para dentro com 300 palmos de profundidade; nos dois terços do seu comprimento, apagam-se as luzes; para poder penetrar até o fundo ascendeu-se uma fogueira com capim seco (...)"

Por: João Tavares Calixto Jr em: http://lavrasce.blogspot.com.br

Manoel Severo

http://cariricangaco.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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