Por: Emerson Monteiro
Em visita à
casa dos meus avós, em Lavras da Mangabeira, ao Sítio Tatu, onde um dia vim ao
mundo. Nas movimentações típicas de festas coletivas bem conduzidas,
participamos do Cariri Cangaço, capítulo de promoção periódica da Sociedade
Brasileira do Cangaço, entidade de pesquisa antropológica que, no corrente ano
de 2013, envolve estudos da força marcante de Dona Fideralina Augusto Lima, a
matriarca da família Augusto, à qual pertenço, nos capítulos da ancestralidade
cearense.
Logo cedo,
neste domingo 19 de maio, juntamente com Igor, meu filho, e Antônio Nirson
Segundo, meu primo, chegávamos, através da Rodovia Padre Cícero, à luz da manhã
na Praça, que convidava a fotografar o monumento da Igreja de São Vicente
Ferrer, beleza de construção católica.
Emerson
Monteiro e Múcio Procópio em visita a Casa de Fideralina
Depois, já no
prédio da Prefeitura, encontrávamos Gustavo (Tavinho) Augusto, Cristina Couto,
Manoel Severo, Dimas Macedo, João Lemos, José Leite, outros mais, parentes,
amigos lavrenses, prenúncio das intensas emoções que viveria durante as horas
dessa caminhada.
Em seguida,
faríamos visita à casa de Bahia (Maria Correia), sobrado de esquina sede antiga
do clã na cidade aos tempos de antanho, lugar mantido com qualidade pelos
responsáveis pelo patrimônio histórico do município. Sobrado de esquina ao
estilo característico da aristocracia interiorana do Sertão, herança da
arquitetura portuguesa colonial.
Havia boas
dezenas de visitantes à atividade cultural da promoção do Cariri Cangaço, que
visa sobremodo preservar valores antropológicos do feudalismo nordestino do século
XIX e primeira metade do século XX.
Ruínas da
Capela do Sítio Tatu
Emerson
Monteiro em visita ao Sítio Tatu no Cariri Cangaço 2013
O andamento das
atividades, que haviam iniciado no dia anterior com palestra do escritor e
membro da Academia Lavrense de Letras Dimas Macedo, além de outros eventos,
rumou ao Tatu, fazenda onde vivera Fideralina, local do meu nascimento.
As marcas da
história persistem em cada detalhe da consistente paisagem sertaneja. Ao lado
de onde fora a casa dos meus pais, as ruínas da reconstrução da capelinha.
Entre os presentes que circulavam os cômodos da casa grande, morada dos meus
avós Amâncio e Lidia durante mais de 50 anos, encontrei Ismária Batista, a
esposa de Tio Gustavo, meu padrinho de crisma, e meus primos Tales e Gláuber
Leite, acompanhados de filhos e dos remanescentes humanos de quem fizera a
rotina do sítio ao tempo quando lá vivi, familiares de Compadre Hipólito Sousa:
Altina, Manoel e Zuca. Uma festa de boas emoções próprias da amizade que dedico
às primeiras paragens neste chão. Por isso tudo de hoje, ora consigno
estas avaliações rápidas dos momentos culturais dignos de abençoada terra mãe.
Emerson
Monteiro
http://cariricangaco.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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