Decisão é do
desembargador Rogério Favreto do TRF-4
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ser solto. A decisão é do
desembargador Rogério Favreto, do TRF-4, de Porto Alegre, em caráter liminar,
que acatou o habeas corpus apresentado pela defesa. Ele deve ser solto
ainda neste domingo (8).
Lula foi condenado
na Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O
despacho determina a suspensão da execução provisória da pena e a liberdade do
ex-presidente, que
está preso desde 7 de abril.
De acordo com
a decisão, o desembargador determina que não há necessidade de exame de corpo e
delito.
“Cumpra-se em
regime de URGÊNCIA nesta data mediante apresentação do Alvará de Soltura ou
desta ordem a qualquer autoridade policial presente na sede da carceragem da
Superintendência da Policia Federal em Curitiba, onde se encontra recluso o
paciente”.
Nas últimas
semanas, a defesa do ex-presidente entrou com diversos recursos para conseguir
soltá-lo. Este que foi acatado pela Justiça foi apresentado na sexta-feira
(6) pelos deputados Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, do PT.
Carta
Na última semana, o ex-presidente divulgou uma carta criticando o STF não ter julgado os recursos apresentados.
"Tudo
isso me leva a crer que já não há razões para acreditar que terei Justiça, pois
o que vejo agora, no comportamento público de alguns ministros da Suprema
Corte, é a mera reprodução do que se passou na primeira e na segunda
instâncias", escreveu o ex-presidente da República.
No documento,
lido pela presidente nacional da sigla, senadora Gleisi Hoffmann, durante
reunião da Executiva Nacional do PT, em Brasília, Lula destacou: "Se não
querem que eu seja Presidente, a forma mais simples de o conseguir é ter a
coragem de praticar a democracia e me derrotar nas urnas. Por isso, até que
apresentem pelo menos uma prova material que macule minha inocência, sou
candidato a Presidente da República. Desafio meus acusadores a apresentar esta
prova até o dia 15 de agosto deste ano, quando minha candidatura será
registrada na Justiça Eleitoral."
Lula criticou
também o comportamento recente de ministros do STF, dizendo que alguns têm
usado de decisões monocráticas para encaminhar os recursos de sua defesa para
os colegiados menos favoráveis, "como se houvesse algum compromisso com o
resultado do julgamento."
Citando
nominalmente o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Suprema Corte, o
ex-presidente reclamou que o magistrado retirou da Segunda Turma o julgamento
do habeas corpus e o remeteu para o Plenário. "Tal manobra evitou que a
Segunda Turma, cujo posicionamento majoritário contra a prisão antes do
trânsito em julgado já era de todos conhecido, concedesse o habeas
corpus", disse.
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