por Marcelino Neto
Este trabalho tinha sido enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso em: 11/05/2018
Neste dia 12
de maio, na Livraria do Luiz, em João Pessoa, acontece o primeiro encontro de
escritores e escritoras de Pombal. Uma oportunidade de se discutir os caminhos
da criação literária da nossa cidade, e homenagear os nossos pioneiros na
literatura, a exemplo do primeiro pombalense a publicar um livro, o Sábio
Manuel de Arruda Câmara. Nascido em 1752 e falecido em 1810. Tratou-se da
publicação “MEMORIA SOBRE A CULTURA DOS ALGODOEIROS: MÉTHODO DE ESCOLHER, E
ENSACAR, ETC”, em que autor propõe alguns planos novos, para melhoramento da
cotonicultura. Este livro foi publicado em Lisboa, pela Officina da Casa
Litteraria do Arco do Cego, 1799, 122 páginas, 21 cm, capa em cobertura de
tecido, e traz um apêndice com ilustrações de máquinas utilizadas no descaroçamento,
embalagens e tecelagem, além de tipos de pragas e variedades de algodão.
Depois de
Arruda Câmara, o escritor pombalense que temos notícias é o grande Leandro
Gomes de Barros, (1965/1918) príncipe dos poetas segundo escreveu Carlos
Drummond Andrade, com mais de mil publicações.
Leandro Gomes
de Barros é considerado o primeiro escritor brasileiro de literatura de cordel.
No seu tempo, era cognominado “O Primeiro sem Segundo”, e ainda é considerado o
maior poeta popular do Brasil de todos os tempos.
No início do
século IXX, outros escritores se destacaram nas ruas de Pombal. Poetas e
cronistas que não tiveram a oportunidade de publicar suas obras. Cito como
exemplo os poetas Cazuza Ferreira, Anísio de Medeiros, Argemiro de Sousa,
Belarmino de França e Silvestre Honório.
Chegando a
década de 1950 aparece o poeta Lourenco de Oliveira Capuxu, que publicou três
livros de prosas e poesias com poucos exemples editados, distribuídos entre
amigos e parentes, principalmente na cidade de Caicó, onde foi morar ainda
muito jovem.
Em 1945, Celso Monteiro Furtado 1920 a 2004, aos 25 anos, publica o seu primeiro livro, uma coletânea de contos que nada tinha a ver com o trabalho que o imortalizou, e que dispensa nossos comentários.
A década 1960,
tivemos na literatura pombalense os pesquisadores Antônio José de Sousa, com a
obra O GRANDE POMBAL e Wilson Nóbrega Seixas com O VELHO ARRAIAL DE PIRANHAS,
Pombal. Além de diversas outras obras publicadas.
Muito embora a
década de 1960 fosse uma época em que se lia muito em Pombal, não tivemos o
surgimento de escritores da própria terra. Porém, a inauguração do Banco do
Brasil trouxe a cidade de jovens inquietos que, descontentes com aquela inércia
cultural resolveram agitar a cidade com suas ideia. Entre estes jovens destacamos
José Bezerra e Everaldo Nobrega e Waldemar Solha. O tempo em que eles moram na
cidade mudaram o nosso panorama cultural. Mobilizaram e agitaram Pombal
escrevendo e encenando peças teatrais, as quais foram apresentadas tanto na
cidade como fora. José Bezerra escreveu e mais tarde o livro “Fogo!”,
transformando-o em roteiro do Filme “Fogo, o Salário da Morte”, rodado na ruas
de Pombal. Waldemar Solha escreveu, dirigiu e atuou em “O Vermelho e Branco”,
“A Canga” (O Crânio do Boi Acauã no Esqueleto do Angico). Muito os autores não
sejam filhos naturais de Pombal, os seus trabalhos serviram de incentivo e
inspiração para muitos escritores pombalenses, que vieram a aparecer nas
décadas seguintes.
Entre tantos
podemos citar, representando todos os demais que se arriscam nas veredas da
literatura, o Tarciso Pereira, que é, sem dúvidas, o mais produtivo e completo
escritor pombalense que surgiu nas últimas décadas.
A década de
1970 tivemos as publicações da poetisa Violeta Formiga e, fechando a década de
1980 o destaque foi a publicação do livro “Cangaceirismo e Coluna Prestes”, de
autoria do escritor pombalense, Severino Coelho.
Da década de
1990 para frente e Pombal se transformou na cidade do interior paraibano com
mais lançamentos de livros. Uma produção sempre independente, sem o menor
incentivo do poder público, dificuldades comercialização e de distribuição, uma
vez que em Pombal não temos livrarias, e as muitas papelarias da cidade se
recusam a receber livros para a venda.
Parabéns aos
escritores e escritoras de Pombal, natos contadores de histórias, que assim o
fazem seja em Prosa seja em Poesia.
Relação de
Escritores e escritoras de Pombal
Antônio Carneiro Arnaud
Antônio José de Sousa
Antônio Santana
Arimatéia (Teinha) Formiga
Belarmino de França
Celso Monteiro Furtado
Ciromar Santana
Clemildo Brunet de Sá
Cornélio Ferreira da Cruz
Elri Bandeira
Eronildo Barbosa
Expedito Santana
Flavio Carreiro
Francisco de Assis almeida
Francisco Sucupira
Francisco Vieira
Graça Bandeira
Helmara Wanderlei
Ignácio Tavares de Araújo
Ione Severo
Irani Medeiros
Jerdivan Nobrega de Araújo
José Dantas
José Romero de Araújo Cardoso
José Ronaldo
José Tavares de A. Neto
Leandro G de Barros
Luisinho Lima (Luis Lima da Silva)
Luizinho Barbosa
Manuel de Arruda Câmara
Maria Clemilde Mouta
Maria do Bonsucesso (Dona Cessa)
Nhô Lopes
Onélia Rocha Setúbal
Paulo Abrantes
Plinio Leite Fontes
Professor Arlindo Ugulino
Professor Gilberto Lucena
Raimunda Neves almeida
Raimundo Alves Almeida
Ronaldo Queiroga Rocha
Sebastião Formiga
Sérgio Kante (Genilson Dantas)
Severino Coelho
Socorro Queiroga
Sol Ramalho
Sonia Severo
Tarcísio Formiga
Tarcísio Pereira
Terezinha Almeida
Verneck Abrantes de Sousa
Vicente Candeia
Violeta Formiga
Washington Onias
Wertevan Fernandes
Wilson Seixas Nóbrega
Postagem:
Marcelino Neto
Fonte:
Jerdivan Nóbrega e Araújo
FONTE:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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