Por: José Mendes Pereira
Os cangaceiros Chumbinho e Durvalina, eram subordinados ao estado maior, do famoso rei do cangaço, Lampião. Viveram sob a mira de muitas armas, das diversas volantes dos governos nordestinos.
Chumbinho foi um dos cangaceiros mais paparicado pelo rei Lampião, quando em 1926, no dia 06 de Março, em Juazeiro do Norte, falou ao entrevistador,
o Dr. Otacílio Macedo,
sobre o bom cangaceiro que carregava em seu bando.
Veja o que o Dr. Otacilio Macedo pediu e o que Lampião respondeu:
"Otacílio Macedo: Agora, Lampião, pedimos para escrever os nomes dos rapazes de sua maior confiança.
Lampião - Pois não. E para não melindrar os demais companheiros, todos me merecem igual confiança, entretanto poderia citar o nome dos companheiros que estão há mais tempo comigo. E escreveu.
1 - Luiz Pedro,
2 - Jurity,
3 - Xumbinho,
4 - Nuvueiro,
5 -Vicente
6 - Jurema
E o estado maior:
1 - Eu, Virgulino Ferreira,
2 - Antônio Ferreira
3 - Sabino Gomes.
Passada a lista para nossas mãos fizemos a "chamada" dos cabecilhas fulano, cicrano, etc. Todos iam explicando a sua origem e os seus feitos. Quando chegou a vez de "Xumbinho", apresentou-se-nos um rapazola, quase preto, sorridente, de 18 anos de idade. Continua o entrevistador. É verdade, "Xumbinho"! Você, rapaz tão moço, foi incluído por Lampião na lista dos seus melhores homens... Queremos que você nos ofereça uma lembrança... "Xumbinho" gozou o elogio. Todo humilde, tirou da cartucheira uma bala e nos ofereceu como lembrança..."
Cemitério onde estão repousando os restos mortais do cangaceiro Chumbinho, em Porção, no Estado de Pernambuco.
A ex-cangaceira Durvalina seus restos mortais estão enterrados no Cemitério da Saudade, em Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerias.
A cangaceira "DURVINHA" nasceu no dia 08 de Dezembro de 1915, e faleceu no dia 28 de Junho de 2008, em consequência de hipertensão intracraniana e AVC hemorrágico.
O seu túmulo foi adquirido através do pesquisador e colecionador do cangaço:
Ivanildo Alves da Silveira,
que conseguiu a construção do túmulo com o então prefeito de Belo Horizonte,
o Dr. Márcio Lacerda.
Quando Durvalina entrou para o cangaço, era companheira do cangaceiro Virgínio Fortunato da Silva, este era chefe de um subgrupo do bando de Lampião. No ano de 1933, ele foi morto em combate, e Durvalina amasiou-se com o cangaceiro Moreno, que era comandado de Virgínio.
O cangaceiro Moreno
Após a morte do rei Lampião, os cangaceiros ficaram como formigas sem formigueiro, e o casal não quis se entregar a polícia, continuando nas caatingas do sertão nordestino. Mas dois anos depois da chacina de Angico, no ano de 1940 resolveram abandonar a vida de malfeitores.
O casal de cangaceiros ficou décadas no anonimato, até que o escritor e pesquisador do cangaço, João de Sousa Lima, nas suas andanças o encontrou.
O casal de cangaceiros ficou décadas no anonimato, até que o escritor e pesquisador do cangaço, João de Sousa Lima, nas suas andanças o encontrou.
João de Sousa Lima
Durvalina viveu 93 anos de idade, diante de tantos sofrimentos, mas conseguiu um teto para morar e uma família digna. O cangaceiro Moreno, viveu 100 anos, quando veio a falecer no dia 06 de Setembro de 2010.
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