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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Os cangaceiros: Chumbinho e Durvalina

Por: José Mendes Pereira


          Os cangaceiros Chumbinho e Durvalina, eram subordinados ao estado maior,  do famoso rei do cangaço,  Lampião. Viveram sob a mira de muitas armas, das diversas volantes dos governos nordestinos.

Chumbinho e  Durvalina (ainda viva, com 92 anos, e residente em Belo Horizonte).
            
            Chumbinho foi um dos cangaceiros mais paparicado  pelo rei Lampião, quando em 1926, no dia 06 de Março, em Juazeiro do Norte, falou ao entrevistador,

o Dr. Otacílio Macedo,

sobre o bom cangaceiro que carregava em seu bando. 
            Veja o que o Dr. Otacilio Macedo pediu e o que Lampião respondeu:
            "Otacílio Macedo: Agora, Lampião, pedimos para escrever os nomes dos rapazes de sua maior confiança. 
             Lampião - Pois não. E para não melindrar os demais companheiros, todos me merecem igual confiança, entretanto poderia citar o nome dos companheiros que estão há mais tempo comigo.               E escreveu.
             1 - Luiz Pedro,
             2 - Jurity,
             3 - Xumbinho,
             4 - Nuvueiro, 
             5 -Vicente
             6 - Jurema
             E o estado maior:
             1 - Eu, Virgulino Ferreira,
             2 - Antônio Ferreira
             3 - Sabino Gomes.
            Passada a lista para nossas mãos fizemos a "chamada" dos cabecilhas fulano, cicrano, etc. Todos iam explicando a sua origem e os seus feitos. Quando chegou a vez de "Xumbinho", apresentou-se-nos um rapazola, quase preto, sorridente, de 18 anos de idade. Continua o entrevistador.  É verdade, "Xumbinho"! Você, rapaz tão moço, foi incluído por Lampião na lista dos seus melhores homens... Queremos que você nos ofereça uma lembrança... "Xumbinho" gozou o elogio. Todo humilde, tirou da cartucheira uma bala e nos ofereceu como lembrança..."

Frente do Cemitério do Cangaceiro
           
           Cemitério onde estão repousando os restos mortais do  cangaceiro Chumbinho, em Porção, no Estado de Pernambuco.


            A ex-cangaceira Durvalina seus restos mortais estão  enterrados no Cemitério  da Saudade, em Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerias. 
            A cangaceira "DURVINHA" nasceu no dia 08 de Dezembro de 1915, e faleceu no dia 28 de Junho de 2008, em consequência de hipertensão intracraniana e AVC hemorrágico.
             O seu túmulo foi  adquirido através do pesquisador e colecionador do cangaço:

Ivanildo Alves da Silveira,

que conseguiu a construção do túmulo com o então prefeito de Belo Horizonte,

o Dr. Márcio Lacerda.

           Quando Durvalina entrou para o cangaço, era companheira do cangaceiro Virgínio Fortunato da Silva, este era chefe de um subgrupo do bando de Lampião. No ano de 1933, ele foi morto em combate, e Durvalina amasiou-se com o cangaceiro Moreno, que era comandado de Virgínio.

O cangaceiro Moreno
           
            Após a morte do rei Lampião, os cangaceiros ficaram como formigas sem formigueiro, e o casal não quis se entregar a polícia, continuando nas caatingas do sertão nordestino. Mas dois anos depois da chacina de Angico, no ano de 1940 resolveram abandonar a vida de malfeitores.
            O casal de cangaceiros ficou décadas no anonimato, até que o escritor e pesquisador do cangaço, João de Sousa Lima, nas suas andanças  o encontrou. 

João de Sousa Lima

            Durvalina viveu 93 anos de idade, diante de tantos sofrimentos, mas conseguiu um teto para morar e uma família digna. O cangaceiro Moreno, viveu 100 anos, quando veio a falecer no dia 06 de Setembro de 2010.

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