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Apenas no dia 16 de novembro, Pedro II deu-se conta de que estava deposto e a República havia chegado para ficar. Durante todo o dia 15, apesar dos relatos alarmados da princesa
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Isabel e do chefe do gabinete, Visconde de Ouro Preto, o imperador acreditou que a movimentação militar poderia ser contida com a dissolução dos batalhões sublevados e mudanças no ministério.
Tanto que, ao embarcar no trem que o levaria de Petrópolis ao Rio, na tarde do dia 15, tranqüilizou a imperatriz, que julgava a situação perdida: “Qual, senhora. Lá chegando, isso se acaba”. Ao chegar ao Paço, no Rio, insistiu na mesma idéia: “Isso é fogo de palha; conheço meus patrícios”.
Mas Pedro II estava errado. Exaurida, a monarquia havia caído sem tiros e sem resistência. No dia 16 de novembro, o homem que havia comandado Brasil durante quase meio século recebeu um comunicado do novo governo provisório, informando-o sobre a proclamação da República e dando-lhe o prazo de 24 horas para deixar o país. Na madrugada seguinte, a bordo do navio “Alagoas”, Pedro de Alcântara e sua família seguiram para o exílio na Europa. Antes de partir, ele escreveu uma pequena carta de despedida ao povo brasileiro.
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“A vista da representação escrita, que me foi entregue hoje, às 3 horas da tarde, resolvo, cedendo ao império das circunstâncias, partir, com toda a minha família, para a Europa, deixando esta Pátria, de nós tão estremecida, à qual me esforcei por dar constantes testemunhos de entranhado amor e dedicação, durante quase meio século em que desempenhei o cargo de chefe de Estado. Ausentando-me, pois, com todas as pessoas de minha família, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo os mais ardentes votos por sua grandeza e prosperidade.
D. Pedro de Alcântara.”
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