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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Lampião em Juazeiro


Lampião

Quando Virgulino Ferreira da Silva, o famoso rei do cangaço, Lampião, esteve no Juazeiro do Norte no Estado do Ceará,  no ano de 1926, foi entrevistado pelo médico de Crato, Dr. Octacílio Macedo.

Dr. Octacílio Macedo

 O Dr. Octacílio Macedo perguntou-lhe: Se pudesse o senhor abandonaria o cangaço?

Lampião respondeu-lhe:

- Sim. Porque eu não vivo a vida do cangaço por maldade minha. É pela maldade dos outros. Dos homens que não têm a coragem de lutar corpo a corpo como eu e vão matando a gente na sombra, nas tocaias covardes. Tenho que vingar a morte dos meus pais. Era meninote quando os mataram. Bebi o sangue que jorrava da pele de minha mãe, e beijando-lhe a boca fria e morta, jurei vingá-la... É por isso que de rifle de costas, cruzando as estradas do sertão, deixo um rastro sangrento à procura dos assassinos de meus pais. (...) É por isso que eu sou cangaceiro. Não sei quando hei de deixar os horrores desta vida, onde o maior encanto, a maior beleza seria extinguir a maldade daqueles que roubaram a vida de minha mãe e de meu pai e  a de minhas irmãs.

Tenente Zé Lucena

Quando o tenente Zé Lucena assassinou José Ferreira da Silva, o pai de  Lampião, ele já estava com 22 anos, segundo o escritor Alcino Alves da Costa, no seu livro "Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angico.

  
O escritor Alcino Alves da Costa - faleceu no dia 02 de Novembro de 2012

Lampião diz que ainda era meninote quando mataram os seus pais, mas  a sua mãe dona Maria Sulena da Purificação não foi assassinada. Ela faleceu de problemas cardíacos, antes de José Ferreira da Silva. É claro que o que fizeram com o seu esposo, o José Ferreira da Silva, empurrando-o de Pernambuco para Alagoas, achando uma humilhação, o seu coração não suportando tamanha maldade, veio falecer antes do esposo.

Mas estas são as suas desculpas para ganhar opinião pública. Todo mundo tem o direito de se defender em certas acusações.

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