Por: Honório de Medeiros
Já estive em
Portugal, antes, por pouco tempo. Desta vez, entretanto, a demora está sendo
longa. E aprofundada, horizontalmente, pois estou flanando também no seu
interior, e verticalmente, pois puxo conversa aonde chego desde o taxista ao
garçom, passando por balconistas de lojas, vendedores de jornais e revistas, e
quem danado, segundo meus padrões, represente o povão.
A conclusão é simples,
mas dolorosa, porque resulta, sempre, de uma comparação com o Brasil. Para
começo de assunto Portugal é lindo, sua história é muito interessante, e, ao
contrário do que se supõe, o povo é educado e a nova geração muito bonita e bem
cuidada. E alegre nada melancólica. E tudo funciona, aqui, bem, muito bem, se
comparado com o Brasil: educação, saúde, segurança e infraestrutura.
As cidades
são limpas, sem mendigos, pastoradores de carro ou lavadores de para-brisas; o
asfalto das ruas e das estradas é de primeira qualidade; os ônibus são novos e
disciplinados; o trânsito flui normalmente e sem estresse. Como viajamos de carro
pelo interior, pude perceber a limpeza das laterais das estradas, das cidades e
dos lugares onde se para uma visita ao toalhete.
A sinalização é perfeita.
Quanto à segurança, o contraste também salta aos olhos: as pessoas andam pelas
ruas, à noite, despreocupadas. Esqueci-me de falar do metrô: em termos de
limpeza e regularidade, supera em muito o de Paris. Há senões? Claro que há!
Como ainda volto, é por um período maior, a Portugal, escreverei algo acerca
disso um pouco mais adiante. Enquanto não, quero confessar: ando muito
surpreendido, e agradavelmente, com as terras lusitanas...
http://honoriodemedeiros.blogspot.com.br/
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