Por: Clerisvaldo B.
Chagas, 7 de junho de 2013 - Crônica Nº
1030
Nascido em
Quebrangulo (AL) no dia 18.01.1906, filho de José Ferreira de Méllo e de Leonor
Ferreira de Méllo (Mãe Nô) Chico Ferreira, como ficou mais conhecido, também
morou em outros lugares como Água Branca, Penedo, Maceió e Pilar. Em Penedo,
teve comércio, em Poxim, povoado de Coruripe, uma pequena propriedade.
ASPIRANTE
CHICO FERREIRA, homenageado na primeira página do livro "Lampião em
Alagoas".
Francisco ingressou
na polícia militar ainda muito novo, chegando à patente de coronel. Entretanto,
sua fama atingiu o clímax na condição de aspirante, ocasião em que era delegado
em Penedo e foi deslocado para a vila da Pedra (de Delmiro). Sua missão secreta
era espionar as ações suspeitas do chefe das volantes, o tenente João Bezerra,
denunciado ao governo de coiteiro de Lampião. Homem valente e íntegro, rígido e
excelente atirador, Chico Ferreira soube cumprir o seu papel. No dia 27 de
julho de 1938, na Pedra, o aspirante formou sua própria volante composta de
quinze homens.
Quando Bezerra recebeu o telegrama de Aniceto “Boi no Pasto”
Francisco Ferreira tomou emprestadas quatro metralhadoras aos nazarenos que
chegaram a Pedra, dizendo ser para uma diligência contra ladrões de cavalos.
Bezerra ao partir para Angicos via Piranhas, não queria levá-lo. Houve
bate-boca, mas o aspirante levou sua volante, tornando-se com ela o verdadeiro
herói que exterminou o cangaço no Nordeste. Não fora ele e suas sucessivas
investidas em Bezerra – que por diversas vezes tentou fugir ao combate – e
Lampião teria ido embora. Foi auxiliado nessa loucura de emboscar Lampião pelo
apoio inflexível de sua volante completa e mais a praça da volante de Bezerra,
o endemoniado Antônio Jacó (Mané Véi) e ainda o sargento chefe de volante
Aniceto que, apesar dos conchavos com Bezerra e Lampião, naquela noite
incentivava a investida a Angicos, querendo combater.
As
metralhadorasforam fatores preponderantes no extermínio do bando e pânico
causado no grotão. Após a hecatombe, o aspirante Francisco, diante do saque da
tropa em ouro, dinheiro e joias, não quis um só centavo “daquele dinheiro
impregnado do que não presta”. Da parte dele, tudo era do governo. O mais
graduado pegou a fama de ter acabado com o bando de Lampião. O aspirante,
Francisco Ferreira de Méllo, porém, é reconhecido por todos os pesquisadores
sérios que foi o verdadeiro herói daquela madrugada inesquecível de 28 de julho
de 1938, na Grota da fazenda Angicos, no estado de Sergipe.
Chico Ferreira galgou
o posto de coronel e veio a falecer de morte natural na cidade de Pilar (AL) em
11.04.1967 (...).
· Pag.
54-56 do livro “Lampião em Alagoas”.
Autobiografia
CLERISVALDO B.
CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA –
CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do
Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a
sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História,
Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em
vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as
escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das
Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e
ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida
social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro de
Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes;
criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do
diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor
eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da
Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua
trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo
B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B.
Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras
do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance -
1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem
(conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor
maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado –
1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão
Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até setembro
de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um
Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda
Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana
do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia
selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas
diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo
B. Chagas – Autobiografia)
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br
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