“Aos Ventos
que Virão” será lançado hoje em Sergipe
Sinopse: Poço
Redondo, 1938. A pequena cidade do interior de Sergipe entra inadvertidamente
para a história como o palco da morte de Virgolino Ferreira da Silva, o
Lampião. Junto com ele, morrem também o Cangaço e toda uma era da História do
Brasil. E inicia-se a perseguição dos cangaceiros remanescentes, agora sem
líder, nem direção.
Zé Olímpio (Rui Ricardo Diaz) é um destes cangaceiros. Ele sabe que não terá um minuto de paz enquanto o Sargento Isidoro (Edlo Mendes) estiver em seu encalço. Para ele, a única saída é abandonar a fazenda de sua família e tentar vida nova em São Paulo. Ao lado da esposa Lucia (Emanuelle Araújo) , Zé Olímpio engrossa o coro dos milhões de nordestinos que migram para o sudeste brasileiro e conseguem umemprego na construção civil.
Agora, Zé Olímpio começa outras lutas. Contra o preconceito, o subemprego e a intolerância. E onde a construção de Brasília pode despontar como uma nova esperança.
Esperança que o leva a entrar na política e viver as consequências da fragilidade de nossas instituições que fazem da justiça um mero sonho voltado… aos ventos que virão.
Com duas datas já programadas para a pré-estreia e lançamento em Sergipe, “Aos Ventos que Virão” (direção e roteiro de Hermano Penna) será exibido em Aracaju e no município de Poço Redondo nos dias 10 e 11 de julho, respectivamente. Em Aracaju – o lançamento acontecerá no Cine Vitória, às 19h e no município de Poço Redondo, será realizada na Praça de Eventos, às 20h.
Além da presença do diretor Hermano Penna, estão confirmados: o ator Rui Ricardo Diaz (que faz o papel de Zé Olimpio e também protagonizou o personagem principal em Lula, O Filho do Brasil ); a atriz Emanuelle Araújo (no papel de Lúcia, esposa de Zé Olímpio); Luiz Miranda (como Nêgo de Rosa); Orlando Vieira (como Zé de Antão) além de membros da equipe que ajudaram na realização do filme.
O filme que teve diversas cenas gravadas no sertão sergipano e trata da trajetória do ex-cangaceiro “Zé Olímpio”. O diretor que tem intimidade com as paisagens e histórias dos sertões e interior Brasileiro – um dos seus clássicos “Sargento Getúlio” também foi filmado Sergipe adentro – considera importante lançar o filme não só em Aracaju como no município de Poço Redondo, pois será um retorno a toda comunidade que participou do filme. O personagem central da trama, Zé Olimpo, migra para São Paulo após sobreviver ao cangaço e depois de um tempo decide entrar para política. O contexto do filme nas décadas de 40 e 50 marca também a construção de Brasília e as esperanças que eram provocadas no imaginário popular. A película conta ainda entre elenco diverso como Edlo Mendes (no papel de Sargento Isidoro); Gideon Rosa (Filemon) e atores sergipanos.
Zé Olímpio (Rui Ricardo Diaz) é um destes cangaceiros. Ele sabe que não terá um minuto de paz enquanto o Sargento Isidoro (Edlo Mendes) estiver em seu encalço. Para ele, a única saída é abandonar a fazenda de sua família e tentar vida nova em São Paulo. Ao lado da esposa Lucia (Emanuelle Araújo) , Zé Olímpio engrossa o coro dos milhões de nordestinos que migram para o sudeste brasileiro e conseguem umemprego na construção civil.
Agora, Zé Olímpio começa outras lutas. Contra o preconceito, o subemprego e a intolerância. E onde a construção de Brasília pode despontar como uma nova esperança.
Esperança que o leva a entrar na política e viver as consequências da fragilidade de nossas instituições que fazem da justiça um mero sonho voltado… aos ventos que virão.
Com duas datas já programadas para a pré-estreia e lançamento em Sergipe, “Aos Ventos que Virão” (direção e roteiro de Hermano Penna) será exibido em Aracaju e no município de Poço Redondo nos dias 10 e 11 de julho, respectivamente. Em Aracaju – o lançamento acontecerá no Cine Vitória, às 19h e no município de Poço Redondo, será realizada na Praça de Eventos, às 20h.
Além da presença do diretor Hermano Penna, estão confirmados: o ator Rui Ricardo Diaz (que faz o papel de Zé Olimpio e também protagonizou o personagem principal em Lula, O Filho do Brasil ); a atriz Emanuelle Araújo (no papel de Lúcia, esposa de Zé Olímpio); Luiz Miranda (como Nêgo de Rosa); Orlando Vieira (como Zé de Antão) além de membros da equipe que ajudaram na realização do filme.
O filme que teve diversas cenas gravadas no sertão sergipano e trata da trajetória do ex-cangaceiro “Zé Olímpio”. O diretor que tem intimidade com as paisagens e histórias dos sertões e interior Brasileiro – um dos seus clássicos “Sargento Getúlio” também foi filmado Sergipe adentro – considera importante lançar o filme não só em Aracaju como no município de Poço Redondo, pois será um retorno a toda comunidade que participou do filme. O personagem central da trama, Zé Olimpo, migra para São Paulo após sobreviver ao cangaço e depois de um tempo decide entrar para política. O contexto do filme nas décadas de 40 e 50 marca também a construção de Brasília e as esperanças que eram provocadas no imaginário popular. A película conta ainda entre elenco diverso como Edlo Mendes (no papel de Sargento Isidoro); Gideon Rosa (Filemon) e atores sergipanos.
Rui Ricardo
Dias na pele do cangaceiro "Cajazeira".
Um mosaico de memórias e histórias escutadas em andanças pelo universo do sertão. Essa é apenas uma das possíveis definições do diretor Hermano Penna para “Aos Ventos que Virão”. E um desses fragmentos tem no cerne na história do ex-cangaceiro Zé de Julião.
Trechos de uma entrevista com Hermano Penna:
Aquela
primeira pergunta que todos fazem: Como surgiu a ideia do filme “Aos Ventos que
Virão”?´
Hermano Penna – A primeira ideia de fazer este filme eu tive quando comecei a realizar “A Mulher no Cangaço”, em Poço Redondo, isso em 1976. Foi quando conheci o historiador Alcino Alves, que me contou a história de um certo Zé de Julião, que foi o cangaceiro Cajazeira, do bando de Lampião, subgrupo do bando de Zé Sereno.
Trata-se de uma história oral, que na época não constava em nenhuma literatura. Ele e Enedina, sua mulher, formaram o único casal legalmente casado da história do Cangaço. Zé de Julião era filho do maior fazendeiro da região e Poço Redondo, alto sertão sergipano, o que derrubou de uma vez por terra a tese que o Cangaço era apenas um fenômeno das camadas pobres e do pequeno lavrador revoltado. Hoje sabemos que tinha até neto de barão entre os cangaceiros.
Após a tragédia de Angicos (na qual morreram Lampião, Maria Bonita, e outros cangaceiros, inclusive Enedina) e o fim do cangaço, Zé de Julião sai do cangaço e vai retomar a vida. Mas por ódio, por vingança e pelo ouro que os cangaceiros haviam amealhado, ele passa a ser perseguido. Foge para o Rio de Janeiro, e mesmo sendo letrado – fato raríssimo em todo o Cangaço – vai trabalhar na construção civil. Primeiro como ajudante de pedreiro, depois como mestre de obras e por fim como um pequeno empreiteiro. Retorna ao sertão para assumir a herança deixada pelos pais. Com o tempo engessa na política e vive intensamente suas contradições.
O seu
personagem, Zé Olímpio, é baseado neste Zé de Julião?
Hermano Penna – Num primeiro momento era, mas com o tempo foram feitos tantos
tratamentos de roteiro que hoje, no máximo, podemos dizer que alguns episódios
do filme são fatos reais, e apenas alguns deles vividos por Zé de Julião. “Aos
Ventos que Virão” é um mosaico de lembranças pessoais e de muitas histórias
escutadas em andanças e vivências. A do Zé de Julião é apenas uma destas
histórias.
Só para dar uma ideia, o primeiro tratamento de roteiro foi aprovado pela Embrafilme em 1982. Fui fazendo vários tratamentos de roteiro, cada vez mais abandonando a história real de Zé de Julião, e cada vez mais incorporando as minhas próprias imagens, vivências e ideias do sertão. O filme é uma mistura de memórias… das minhas e das deste cidadão. Especificamente sobre o Zé de Julião, estou fazendo um documentário que vai se chamar “Muito Além do Cangaço”.
Só para dar uma ideia, o primeiro tratamento de roteiro foi aprovado pela Embrafilme em 1982. Fui fazendo vários tratamentos de roteiro, cada vez mais abandonando a história real de Zé de Julião, e cada vez mais incorporando as minhas próprias imagens, vivências e ideias do sertão. O filme é uma mistura de memórias… das minhas e das deste cidadão. Especificamente sobre o Zé de Julião, estou fazendo um documentário que vai se chamar “Muito Além do Cangaço”.
Mas o filme
começa exatamente quando o Cangaço acaba. Não é um filme sobre Cangaço.
Hermano Penna – Exatamente, não é sobre o Cangaço nem sobre cangaceiros. Sempre evitei marcar o filme com símbolos visuais que o ligasse a um regionalismo tradicional, e principalmente ao Cangaço. O filme dialoga com o fracasso histórico de nossas instituições em construir uma ordem social que contemple, através da justiça para todos, a plena cidadania. Sei que só os mais atentos espectadores terão essa leitura do filme, mas creio também que é da opacidade da obra de arte que surgem as mais ricas e variadas leituras.
Os lançamentos contam com o apoio do Governo de Sergipe, secretarias de Estado da Comunicação e da Cultura e Banese.
Pesquei no: Portal Infonet
e no Blog do Filme
http://lampiaoaceso.blogspot.com
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