Por José
Mendes Pereira
Seu Pedro Leão não era um homem que gostava de enganar ninguém, honrava todos os seus compromissos, tanto da vida rotineira da sua casa como água, luz, telefone, etc, e as mercadorias que ele comprava fiado aos seus fornecedores para a sua loja. Mas se aparecesse uma oportunidade para não pagar certas despesas, seu Pedro ficava morto de feliz, desde que não enganasse a ninguém.
Certa feita,
seu Pedro Leão estava participando de uma reunião na Loja Maçônica, cuja, ele
era um dos associados e com muito orgulho. Assim que terminou a reunião, seu
Pedro viu que lá fora chovia muito, e se ele fosse para casa a pé, chegaria
todo molhado.
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Dirigindo-se
ao telefone da Maçonaria, e às escondidas, isto é para que ninguém o visse
ligando para o profissional condutor, seu Pedro chamou um táxi, para que o
levasse até a sua residência. Como o táxi demorou um pouco, aos poucos, a chuva
foi parando, fazendo com que seu Pedro desistisse de ir até à sua casa no táxi
que solicitara, e já que ninguém o viu ligando para o posto de táxi, pegou sua
pasta e foi até à frente da Rua, mas se fazendo que não tinha nada a ver com o táxi
solicitado, que sem demora esbarrou em frente à Maçonaria.
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Ao estacionar
o carro, o condutor perguntou aos que ali estavam presentes:
- Quem
solicitou o táxi?
Um dos
subordinados que ficava à disposição dos sócios da loja maçônica, pôs-se a
perguntar a um e a outro se havia pedido táxi.
Mas ninguém
assumiu a solicitação do táxi, inclusive seu Pedro Leão que permanecia ali como
se estivesse arrumando a sua pasta. Mas aquilo, era arrumando uma maneira de ir
naquele táxi sem pagar. Também ele não faria nenhuma questão de segui para casa
a pé, e só tinha pedido o táxi, porque estava chovendo muito naquele
momento.
E descendo os
degraus da maçonaria, aproximou-se do condutor do táxi e perguntou-lhe:
- Passar o dia
e entrar pela noite dentro de um carro é horrível?
- E muito! -
Respondeu-lhe o motorista. Mais horrível é quando chamam a gente a um
determinado lugar, e quando a gente chega, ninguém assume a solicitação do
táxi.
- É verdade! -
Fez seu Pedro.
- O senhor já
está indo para casa? -Perguntou o motorista.
- Eu já Estou.
- Respondeu seu Pedro na certeza que iria pegar o besta.
- Vamos no
carro. Eu levo o senhor até à sua casa. Também estas horas não dá mais para
fazer fretes.
- É. Eu acho
bom mesmo é ir a pé para casa, mas como o senhor está me oferecendo a carona,
se eu não aceitar, o senhor irá achar que eu sou um sujeito orgulhoso. E ainda
está caindo uma garoa...
E entrando no
carro o motorista partiu em direção a casa do seu Pedro Leão. Lá o deixou e
foi-se embora.
Ao sair o
motorista, disse seu Pedro:
- Lugar que
tem motorista otário não se paga táxi. - Aprendi!!!
Seu Pedro Leão
era um grande comerciante de Mossoró.
Minhas Simples
Histórias
Se você não
gostou da minha historinha não diga a ninguém. Deixa-me pegar outro.
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Pois é Cronista Mendes (logo que a crônica não identifica o cidadão, e sim um nome fictício), devo dizer que o SEU PEDRO LEÃO era bem treteirinho, onde para ele, viajar de graça foi importante.
ResponderExcluirAntonio Oliveira
Sendo o personagem maçom, sua conduta não surpreende...!!
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