Por Adauto Silva
E foi lá pras
bandas do sertão alagoano, que Corisco certo dia, retorna a casa de um coiteiro
que o havia traído, havia poucos dias e diz:
- Amarre esse traidor safado que
eu vou almoçar e depois vou sangrá-lo.
Depois que ele e seu bando almoçaram,
Dadá a companheira dele, tirou uma foto de um embornal e falou:
- Corisco, olhe
nosso filho, venha cá, veja como ele tá bonito.
Da posição que o coiteiro estava
amarrado, viu a foto daquele garoto e exclamou:
- Capitão Corisco, eu
conheço esse menino.
Corisco deu um salto e brandou:
- Traidor safado, se você
colocar de novo o nome de meu filho na sua boca imunda, eu começo lhe matando
agora e só termino amanhã...
O coiteiro não se intimidando complementou:
- Eu
conheço sim, eu o vi na casa do padre Bulhões...
Corisco:
- Mas como é, cabra?
Coiteiro:
- É isso mesmo, vi na casa do padre Bulhões, o padre comprou uma
cadeira para ele almoçar e depois que ele almoça, a cadeira vira um carrinho e
saem empurrando ele. Olhe, custou 50 mil réis.
Corisco e Dadá
E Corisco curioso em saber
todos os detalhes da criação do seu filho pelo padre Bulhões, ficou perguntando
e perguntando. Quando o sol já estava indo, falou:
- Eu ia te matar, porque
homem que trai Corisco, só trai uma vez, eu não perdoo, mas como você conheceu
meu filho, sua vida tá salva, não deva a mim não, deva ao meu filhinho.
PS: Esta é uma história real, que foi contada pela própria vítima (Sr Manoel) ao próprio Sílvio Bulhões, quando por acaso, se encontraram no centro de Santana do Ipanema, onde foram apresentados por uma amiga em comum. (Sra Inês, filha de dona Leontina, de Poço das Trincheiras-AL).
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