No dia 29 de
outubro de 1936, morre o valente cangaceiro Mariano. Sua companheira Rosinha,
mesmo grávida, consegue fugir com os companheiros no meio da caatinga, à procura do coito onde estava o grosso do bando, nas proximidades de Poço Redondo-SE.
Lampião estava acoitado no Riacho Craibeiro, quando eles chegaram um ou dois dias depois. Lavandeira, Zabelê, Criança, Quixabeira, Diferente e Santa Cruz foram relatar o que aconteceu ao chefe Lampião, e Rosinha aos prantos, foi se juntar às outras mulheres do bando. Lampião já sabia de tudo, pois um coiteiro já tinha lhe dado a notícia.
Dias depois, debaixo de uma barraca coberta com couro de bode no pé da serra dos carneiros, Rosinha pariu uma menina, e Lampião mandou entregar ao vigário de Pão de Assucar-AL.
Rosinha estava desesperada, sem saber o que fazer, as outras mulheres já tinham costume da vida cangaceira, Rosinha não... entrou no cangaço por amor ao seu homem, não tinha medo de nada ao seu lado, agora Mariano morto, o cangaço era um mundo estranho. Estava decidida a sair do bando, mais sabia que Lampião não iria aceitar, afinal de contas, ela sabia de muitos segredos, sua saída colocaria em risco a vida dos outros companheiros. Rosinha foi falar com Lampião. Disse que queria visitar sua família, que morava na beira do rio São Francisco, na Fazenda Capoeiras.
Lampião pensou, pensou e disse: "- rosa, rosa... tu sabe que num gosto de gente minha visitar parente, isso é perigoso. Vou deixar que tu vá, faço isso pensando no meu amigo (Mariano), só num demore, mate a saudade e volte com três dias".
Lampião mandou que Criança e outros companheiros acompanhassem Rosinha até a
casa do seu pai Lê Soares. O seu pai, não segurou as lágrimas ao ver a filha. Rosinha abraçou o pai, a mãe, os três choraram juntos de felicidade.
Rosinha
explicou que o tempo era pouco pra visitá-los, pois Lampião queria que ela
voltasse logo. Os cangaceiros voltaram pra o coito, deixando Rosinha com os
pais. Passou uma semana e Rosinha não tinha voltado pra o coito.
Lampião já estava impaciente, não sabia o que faria com Rosa (era assim que a chamava),
pessoa de sua estima, mulher de um homem que foi um dos seus melhores amigos e
luta. Muito sentido e preocupado com a segurança do bando, o capitão tinha
decidido: "Rosa tinha que morrer".
Chamou Luiz Pedro e falou de sua decisão. Luiz Pedro concordou dizendo:
- De fato, se ela não voltou no combinado, teria mandado avisar.
Lampião disse:
- Vamos fazer assim, voçê espera ainda uns dois dias, antes de matá ela, mais é priciso que nóis saia daqui agora mermo, pruque Rosa pode ser presa e dizer onde nóis estamos.
Ao deixar o coito do Riacho Craibeiro, o bando foi se acoitar no Poço dos Porcos, perto do rio São Francisco e perto também da casa do pai de Rosinha.
Lampião mandou um cabra chamado Zé de Bela acompanhar os passos de Rosinha, sem ela notar, pois Lampião ainda achava que ela voltava.
Mas passou-se uma semana, Lampião não poderia mais esperar, pois já demorava no mesmo lugar. Lampião chamou Luiz Pedro e disse que ele resolvesse aquele caso.
No outro dia Rosinha se levantou cedo, tomou café e disse ao pai que
estava preocupada; sonhou Lampião matando-a. O pai acalmou a filha. Nesse
instante, chegou o cangaceiro Elétrico dizendo que tinha ordem de Luiz Pero para
levá-la. Apreensiva, Rosinha junta as coisas numa sacola, abraçou os pais, e
segue com o cangaceiro. Lampião ao vê-la disse com frieza:
- Rosa purque voçe passou da mia orde, eu num disse pra voçe passar só três dias? ".
Rosinha tremula, disse:
- É que meu pai tava duente...
- Mintira, Rosa! Voçe sabe que me contam tudo. Luiz Pedro vai com os meninos pegá umas incomendas nos paus pretos, acumpanhe eles.
Sem ter alternativa, Rosinha acompanha os companheiros, no meio do caminho, procurou puxar conversa com eles, mas ninguém lhe dava a atenção. Para eles, qualquer conversa amigável, ia tornar a situação dolorosa.
Ao passarem pelo Riacho do Quatarvo, perto das Pias das Panelas, Pó Corante se aproximou dela por trás, e atirou em seu ouvido. Rosinha tombou sem vida, sem dar nenhuma palavra..., seu corpo foi enterrado no riacho mesmo, cumprindo assim, o seu trágico destino.
Lampião estava acoitado no Riacho Craibeiro, quando eles chegaram um ou dois dias depois. Lavandeira, Zabelê, Criança, Quixabeira, Diferente e Santa Cruz foram relatar o que aconteceu ao chefe Lampião, e Rosinha aos prantos, foi se juntar às outras mulheres do bando. Lampião já sabia de tudo, pois um coiteiro já tinha lhe dado a notícia.
Dias depois, debaixo de uma barraca coberta com couro de bode no pé da serra dos carneiros, Rosinha pariu uma menina, e Lampião mandou entregar ao vigário de Pão de Assucar-AL.
Rosinha estava desesperada, sem saber o que fazer, as outras mulheres já tinham costume da vida cangaceira, Rosinha não... entrou no cangaço por amor ao seu homem, não tinha medo de nada ao seu lado, agora Mariano morto, o cangaço era um mundo estranho. Estava decidida a sair do bando, mais sabia que Lampião não iria aceitar, afinal de contas, ela sabia de muitos segredos, sua saída colocaria em risco a vida dos outros companheiros. Rosinha foi falar com Lampião. Disse que queria visitar sua família, que morava na beira do rio São Francisco, na Fazenda Capoeiras.
Lampião pensou, pensou e disse: "- rosa, rosa... tu sabe que num gosto de gente minha visitar parente, isso é perigoso. Vou deixar que tu vá, faço isso pensando no meu amigo (Mariano), só num demore, mate a saudade e volte com três dias".
Chamou Luiz Pedro e falou de sua decisão. Luiz Pedro concordou dizendo:
- De fato, se ela não voltou no combinado, teria mandado avisar.
Lampião disse:
- Vamos fazer assim, voçê espera ainda uns dois dias, antes de matá ela, mais é priciso que nóis saia daqui agora mermo, pruque Rosa pode ser presa e dizer onde nóis estamos.
Ao deixar o coito do Riacho Craibeiro, o bando foi se acoitar no Poço dos Porcos, perto do rio São Francisco e perto também da casa do pai de Rosinha.
Lampião mandou um cabra chamado Zé de Bela acompanhar os passos de Rosinha, sem ela notar, pois Lampião ainda achava que ela voltava.
Mas passou-se uma semana, Lampião não poderia mais esperar, pois já demorava no mesmo lugar. Lampião chamou Luiz Pedro e disse que ele resolvesse aquele caso.
- Rosa purque voçe passou da mia orde, eu num disse pra voçe passar só três dias? ".
Rosinha tremula, disse:
- É que meu pai tava duente...
- Mintira, Rosa! Voçe sabe que me contam tudo. Luiz Pedro vai com os meninos pegá umas incomendas nos paus pretos, acumpanhe eles.
Sem ter alternativa, Rosinha acompanha os companheiros, no meio do caminho, procurou puxar conversa com eles, mas ninguém lhe dava a atenção. Para eles, qualquer conversa amigável, ia tornar a situação dolorosa.
Ao passarem pelo Riacho do Quatarvo, perto das Pias das Panelas, Pó Corante se aproximou dela por trás, e atirou em seu ouvido. Rosinha tombou sem vida, sem dar nenhuma palavra..., seu corpo foi enterrado no riacho mesmo, cumprindo assim, o seu trágico destino.
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