Por Geraldo Maia do Nascimento
Em junho de
2005 Vingt-un Rosado fez uma proposta ao hoteleiro João Sabino, dono de uma
rede de hotéis com unidades em Mossoró, Apodi, Natal, Martins e Portalegre,
para implantar, ao longo do tempo em cada hotel, uma pequena biblioteca.
Serviriam para informar a cada hóspede a história da terra e do homem no chão
onde ele instalara o hotel. Pelo acordo, João Sabino disponibilizaria o espaço
e a Fundação Vingt-un Rosado entraria inicialmente com 500 exemplares para a
formação da pequena biblioteca. Vingt-un fazia, no entanto, outra exigência:
ele nomearia o patrono de cada biblioteca: “Geraldo Maia nomearia a biblioteca
de Mossoró. Geraldo é o técnico da Petrobras, que vem se desdobrando em
iniciativas intelectuais. Está revisando toda a história de Mossoró em artigos
de toda quarta-feira, suaves, bem escritos, corrigindo enganos possíveis. A
biblioteca Nonato Mota batizaria a unidade do Apodi. Nonato foi um grande
cronista da história do Apodi. Biblioteca Raimundo Nonato lembra o nome do
grande memorialista da Serra do Martins que chegou a Mossoró numa caminhada
heroica, a pé, exaustivo, faminto e analfabeto. A Coleção Mossoroense publicou
mais de 30 títulos de sua autoria. “Memórias de um Retirante” é o livro
clássico. Biblioteca Assis Silva denomina a unidade de Portalegre. Assis foi um
líder cultural, humilde, bom e simples. Fundou diversos periódicos. A grande
poetisa de renome nacional Helen Ingersol é sua sobrinha. A biblioteca de Natal
receberá o título de Hélio Galvão, o autor das formosas cartas da praia, o
estudioso erudito do mutirão, o autor de um livro clássico sobre a Fortaleza
dos Reis Magos. As bibliotecas Geraldo Maia, Nonato Mota, Raimundo Nonato,
Assis Silva e Hélio Galvão representarão o primeiro capítulo de uma nova
história da biblioteconomia do nordeste brasileiro. ” A Biblioteca Geraldo Maia
do Nascimento foi inaugurada no dia 14 de junho de 2005, contando com 2
computadores para pesquisa na Internet e 500 livros doados pela Fundação
Vingt-un Rosado. Na inauguração disse Vingt-un em seu discurso: “João
Sabino está transformando os seus hotéis em centro de inteligência. A Petrobras
repassa à Prefeitura Municipal de Mossoró mais de dois milhões de reais por
mês. Mas há poucos dias eu fiz referência aos royalties humanos. Falarei agora
do patrono desta biblioteca, o royalty humano Geraldo Maia do Nascimento. É
natalense, nascido no dia 23 de maio de 1955, bacharel em Ciências Econômicas
pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, funcionário da Petrobras onde
desenvolve as atividades de análise de custos da Gerência de Construção e
Montagem da Unidade de Negócio do Rio Grande do Norte e Ceará, com vários
trabalhos publicados pela Coleção Mossoroense”. Várias outras pessoas se
manifestaram sobre o evento, inclusive o hoteleiro João Sabino que disse na
oportunidade que não conhecia o homenageado, mas pela insistência de Vingt-un
em o homenagear, em detrimento de tantos outros escritores bem mais conhecidos
na cidade, podia avaliar o valor desse escritor. Em meu discurso de
agradecimento, disse: Ilmo. Sr. João Sabino, Mui digno proprietário
desta casa, Ilmo. Sr. Vingt-un Rosado, em nome de quem saúdo a intelectualidade
mossoroense Minha mulher, meus filhos, meus amigos, Companheiros rotarianos,
Meus Senhores e minhas Senhoras, Há uns versos do poeta Castro Alves que
diz: “ Oh! Bendito o que semeia livros... livros à mão cheia... e manda o povo
pensar...” Bendito seja Vingt-un Rosado, que com sua obstinação, tem
dedicado toda a sua existência a semear livros pelo solo potiguar; bendito seja
João Sabino, que com essa iniciativa de construir bibliotecas em seus hotéis,
está unindo o útil ao agradável, pois permite que seus hospedes, ao mesmo tempo
em que desfrutam de um agradável passatempo, possam conhecer os valores de
nossa terra através da leitura de livros regionais. Benditos sejam Cláuder e
João Maria, que abrem as portas do seu programa de televisão “Pedagogia da
Gestão”, para divulgar a cultura local. Sinto-me imensamente feliz e honrado
pela homenagem que ora me prestam. Feliz pela distinção que fizeram,
escolhendo meu nome para homenagear nesse empreendimento, quando tantos nomes
de peso para a cultura existem nessa terra de Santa Luzia do Mossoró; honrado
por ter meu nome associado a uma biblioteca, que para mim é um ambiente mágico,
templo de sabedoria. Em não tendo nascido em Mossoró, sou mossoroense de fato e
de direito pela benevolência do povo desta terra. Quando aqui cheguei, em fins
de 1998, escrevi em versos o que chamei de minha adoção a cidade. Assim me
expressava:
Sou um novo mossoroense Pois se vim foi pra ficar Sair daqui eu não saio Não existe outro lugar Que eu queira pra viver Que eu precise pra morar. Encontrei minha Pasárgada Achei meu porto seguro O meu recanto tranquilo O meu pedaço de muro Mossoró é minha terra Mossoró é meu futuro. Agradeço a João Sabino e a todos os que fazem o Sabinos Palace pela homenagem que me prestam. Agradeço ao professor Vingt-un Rosado pela indicação do meu nome para esta biblioteca e a todos vocês que me honram com suas presenças. Que Santa Luzia, a Santa da eterna claridade visual, ilumine vocês para que possam continuar semeando livros, “livros à mão cheia...”, fazendo o povo pensar. Foi a primeira homenagem que recebi da Cidade de Mossoró, numa ação do amigo intelectual Jerônimo Vingt-un Rosado Maia.
Sou um novo mossoroense Pois se vim foi pra ficar Sair daqui eu não saio Não existe outro lugar Que eu queira pra viver Que eu precise pra morar. Encontrei minha Pasárgada Achei meu porto seguro O meu recanto tranquilo O meu pedaço de muro Mossoró é minha terra Mossoró é meu futuro. Agradeço a João Sabino e a todos os que fazem o Sabinos Palace pela homenagem que me prestam. Agradeço ao professor Vingt-un Rosado pela indicação do meu nome para esta biblioteca e a todos vocês que me honram com suas presenças. Que Santa Luzia, a Santa da eterna claridade visual, ilumine vocês para que possam continuar semeando livros, “livros à mão cheia...”, fazendo o povo pensar. Foi a primeira homenagem que recebi da Cidade de Mossoró, numa ação do amigo intelectual Jerônimo Vingt-un Rosado Maia.
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