Por Francisco de
Paula Melo Aguiar
Só temos
consciência do belo,
Quando conhecemos o feio.
Só temos consciência do bom,
Quando conhecemos o mau.
Porquanto, o Ser e o Existir,
Se engendram mutuamente.
O fácil e o difícil se completam.
O grande e o pequeno são complementares.
[...]
Lao-Tsé
Dentre a habitualidade das pessoas falantes da língua portuguesa, se destacam
pelo menos doze palavras “tidas” como feias, não apenas por causas das silabas
que as constituem e/ou formam, mas também pelo significado e/ou sentido que
elas apresentam diante do contexto social letrado e/ou iletrado que sempre
costumam ser usadas, dentro e/ou fora da academia.
Assim sendo, seguem as doze palavras feias da língua portuguesa, por exemplo:
escroque, enquanto sinônimo de vigarista, tratante, trapaceiro, impostor, etc;
catarro, sinônimo de constipação, defluxo, secreção, muco, etc; escracho,
sinônimo literal de censura, repreensão, esfrega, bronca, esculhambação, etc;
prurido, como sinônimo que o é de comichão, sarna, coceira, etc; esculacho, que
representa ou sinônimo de repreensão, esculhambação, bronca, censura, esfrega,
etc; furúnculo, palavra que tem como sinônimo: mapironga, leicenço, abcesso,
inflamação, etc; conspurcar e/ou corromper, difamar, desonrar, manchar, sujar,
etc; escravocrata, o que vale dizer escravista, escravagista, etc; defenestrar
ou atirar pela porta e ou pela janela, etc; caumba e/ou trasorelho, papeira,
parotidite epidêmica, etc; socavo e/ou sobaco, axila; nauseabundo e/ou
nauseante, enjoativo, repulsivo, hediondo, etc.
De modo de que assim como não existem pessoas feias na face da Terra, por
analogia se deduz de que também não existem palavras feias nos países que falam
o idioma português, é apenas uma questão de observação relativa diante das
situações formais e/ou informais de que são empregadas e que fazem parte dos
dicionários existentes no referido idioma de Camões e seus aderentes.
Enviado pelo escritor Francisco de Paula Melo Aguiar
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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