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terça-feira, 9 de outubro de 2018

CONHEÇA A ANTIGA FÁBRICA DE ARMAS CARAMURU


Vamos citar as fábricas de armas no Brasil na segunda metade do século XX.

E começaremos com a Caramuru:

Caramuru era o apelido de um famoso personagem da história do Brasil, Diogo Álvares Correia (nascido em Viana do Castelo, Portugal, 1475, e falecido em Tatuapara, na Bahia, em 5 de outubro de 1557). Foi um náufrago português que segundo consta, assustou os índios que tentavam aprisioná-lo, com um disparo de seu arcabuz, sendo chamado de “Caramuru” (dentre tantas traduções românticas “deus do trovão”, “homem do trovão“), embora novas pesquisas apontem que o nome Caramuru se referia na verdade uma espécie de agressiva moréia, uma espécie de peixe ósseo, angüiliforme, da família dos murenídeos. Caramuru passou a morar entre os índios, e até casou-se com uma índia: Paraguaçu. Foi o primeiro português a residir em terras do Estado da Bahia, em 1510.


A marca de comércio CARAMURU foi usada pela F.A.M. (Fábrica de Armas Modernas), empresa que era distinta da original fabricante dos fogos Caramuru, de quem adquiriram o direito de usar a marca e alguns projetos de armas que já estavam prontos. Era de propriedade do empresário e designer Miguel Raspa. Atuou nas décadas de 60 e 70, na cidade de Jacareí, no interior do Estado de São Paulo, produzindo neste período alguns bons revólveres com a armação feita em aço, carabinas em calibre .22 e carabinas de ar comprimido. Uma coisa que nos chama a atenção na Caramuru é sua logomarca, que é a famosa cabeça de um índio com cocar e ornamentos. O que estranhamos é que o desenho nos remete mais à face de um índio norte-americano e não de um índio brasileiro, o que seria mais condizente com o nome da marca.

Revólveres no cal. 22 Long Rifle


Modelo R1, dotado de cano octogonal de 2,6 polegadas (os canos destas armas tinham 5 raias e eram forjados pela Chapina), com a liberação do tambor feita por um pino situado diretamente no retém do cano, travando a “caneta” do extrator. A capacidade do tambor era de 7 tiros. Revólver R1, em calibre .22LR

 Revólver R1, em calibre .22LR

Modelo R7, basicamente o modelo R1 redesenhado, com empunhadura mais larga, e liberação do tambor efetuada por um botão deslizante, na lateral. Houve mudanças no desenho dos canos, que passaram a ser redondos ao invés do perfil octogonal. Os canos deste modelo tinham comprimentos que iam de 1 até 6 polegadas. Revólver R7, também em calibre .22LR
  
Revólver R7, também em calibre .22LR

Revólveres no cal. 32 S&W Long :
Modelo R6, com canos variando de 2 ou 3 polegadas de comprimento, capacidade de 6 tiros.

Armas longas:

Carabina modelo K1, calibre .22 LR e capacidade de apenas 1 tiro.

Carabina modelo CLK, calibre .22 LR, estranhamente dotada de alma lisa, e capacidade de 1 tiro.

Carabina modelo K5, também em calibre .22 LR e com ação de ferrolho tipo Mauser, capacidade de 5 tiros. Os canos desta arma eram feitos em Itajubá, subcontratados pela Imbel.

Espingardas de caça conhecidas como modelo 62, de 1 tiro, com cão externo, em calibres 28, 32, 36, e 40. Curiosamente estas armas eram sub-contratadas e produzidas pela empresa Fundição LERAP.

Espingardas de pressão em calibre 4,5 mm.

A empresa fez, também, algumas armas que não passaram de protótipos, tais como o revólver R3 em calibre .38 SPL , bem como uma submetralhadora, baseada no desenho da UZI (de fabricação israelense), em cal. 9mm Parabellum.

Parou de produzir armas de fogo em meados da década de 1970, passando a produzir desde então, peças de automóveis.

Fonte: Vitrine das armas.

http://amigosdaguardacivil.blogspot.com/2013/10/conheca-antiga-fabrica-de-armas-caramuru.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com


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