Por José
Mendes Pereira
Segundo o escritor Alcino Alves Costa escreveu em seu Livro “O Sertão de Lampião” que o
verdadeiro assassino do cangaceiro Juriti o seu nome de batismo era Amâncio
Ferreira da Silva, famoso caçador de cangaceiros que se têm informações era da
polícia sergipana. Esta figura era pernambucana, com naturalidade duvidosa,
porque uns afirmavam que ele era lá de São Bento do Una, enquanto outros diziam
que o famoso e carrasco policial era da cidade de Gravatá. Ele nasceu no dia 11
de agosto de 10905. Mas o seu nome de batismo sempre ficou esquecido, porque
desde criança era conhecido por Deluz, nome que o fez pessoa importante na
região que sempre esteve prestando os seus serviços à polícia militar e
ingressou na força logo muito jovem.
Com o
banditismo tomando de conta dos sertões nordestinos matando, roubando,
destruindo tudo que via pela frente, Deluz recebeu ordem para ir destacar no
último porto navegável do baixo São Francisco, o minúsculo lugarejo da família
Britto, lá no Canindé do São Francisco.
Ali, naquele
tempo, o sertão no abandono, a coroa que reinava por lá era do velho
guerreiro, destemido e sanguinário rei do cangaço o Lampião; e o jovem militar
seguindo a missão de tantos outros do seu tempo, foi também incumbido para
caçar cangaceiros, e iria enfrentar o poder do famoso e perverso Lampião.
Desde muito
cedo que o Deluz demonstrava ser destemido e com isso, seu nome caiu na boca do
povo como sendo um homem de muita coragem, e que nunca conheceu o significado
da palavra medo, mas talvez carregasse consigo a pesada cruz, que era perseguir
cangaceiros, homens que não tinham medo de ninguém e nem o que perderem. Após a
chacina de Angico um dos seus divertimentos era procurar por todos os lugares
ex-cangaceiros que sobraram da “Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia”
para matar, assim aconteceu com o ex-facínora Juriti que soube que ele estava
na fazenda Pedra D’água, na casa do seu amigo Rosalvo Marinho, e assim que
tomou conhecimento, Deluz e seus capangas foram até lá para engaiolá-lo. Assim
que o prenderam levaram-no para as matas, e lá, ele foi morto dentro de uma
língua de fogo.
Uma das
crueldades e gostosa que achava o Deluz era tirar ladrão da cadeia de Propriá e
levar o infeliz para o Rio São Francisco e lá, amarrava-o a uma pedra e o
jogava dentro das águas. O tempo foi passando e a sua fama de homem valente foi
se espalhando por toda região do São Francisco. As mocinhas quando o via
desfilando pelas ruazinhas do arruado ribeirinho se derretiam em dengos e
desejos.
Diz o escritor
Alcino Alves que um descendente dos Garra, e que foi uma das primeiras famílias
de Poço Redondo deixou de morar no arruado de Cupira e China para fazer
companhia a um tio paterno de nome João Grande morador da pequena povoação de
Curituba, sendo esta de um senhor chamado João dos Santos, lugar localizado nas
terras do Canindé do São Francisco. O rapz chamava-se João e era filho de
Hipólito José dos Santos e dona Marinha Cardoso dos Santos que era chamada
carinhosamente de Vevéia. Seus filhos eram: Germiniano, Joaquim, Chiquinho,
José (Zé Hipólito), Antonio (Touca), Miguel, Manuel (Naninga), além de João o
João Marinho; tinha ainda as irmãs Isabel (Iaiá), Maria, Antônia Rosa, Júlia
Filomena e Francelina num total de quatorze irmãos descendentes daquela família
lá das areias brancas de Poço Redondo.
O João Marinho
dedica a sua vida nas terras de Canindé e parte para um compromisso sério com
Maria, uma mocinha da conceituada família dos Gomes daquele pedaço de sertão
sofrido. Noivam e se casam. O João Marinho resolveu ir trabalhar em uma das
propriedades do coronel Chico Porfírio, na fazenda Brejo. O casal segue as
tradições e os costumes da época, filhos e mais filhos foram nascendo.
Hortêncio, Jonas, Zé Marinho, Angelina, Maria (Mariinha) Dalva e Santa.
João Marinho é
um homem trabalhador, além dos filhos fazia planos para o futuro. Trabalhava
com afinco e com dignidade, e viu os seus planos serem realizados, porque
findou comprando a propriedade que morava., e com trabalhos, dedicação e
coragem conseguiu fazer no Brejo uma das mais consideradas propriedade no
imenso mundão de Canindé do São Francisco. O seu nome ficou respeitado no meio
daquela gente como um vitorioso. Com as facilidades que a vida lhe deu dois dos
seus irmãos (Chiquinho e Zé Hipólito) muda-se para Canindé, ali se casam. As
sorteadas foram duas irmãs a Delfina e Anália.
O Chiquinho
foi trabalhar como vaqueiro na Fazenda Rancho do Vale, de um conceituado
Monteiro Santos, e o Zé Hipólito após vender a sua propriedade de nome Pindoba
ao tenente João Maria da Serra Negra e faz nova moradia dando o nome de
Vertente.
O João Marinho
de Poço Redondo se tornou o patriarca daquela região. Seus filhos estão
crescidos, e tanto os rapazes como as moças são desejados. Namorá-los é o
desejo daquela juventude.
O Deluz
começou a paquerar a Dalva e logo ficou apaixonado. O pai da Dalva o João
Marinho ao saber do relacionamento da filha com o Deluz não ficou satisfeito. O
João era um homem tranquilo, e não desejava aquele homem misturado na sua
família, porque ele queria o melhor para sua filha. E geralmente, namoro
termina em noivado, e com a continuação, será realizado casamento. E sem muita
demora a Dalva casou-se com o temido sargento. Mas Deluz não estava muito
satisfeito com o seu cônjuge, e três dias depois Deluz pôs a Dalva na frente e
foi devolvê-la aos pais.
Uma grande
desgraça! O que aconteceu que o sargento Deluz levou a esposa e a entregou aos
pais?
Continuarei
amanhã!
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Fiquei curioso como desfecho final.
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