... mas para
fazer o cabelo, é bom que se diga, pois de outra forma o famoso cangaceiro
jamais baixaria a cabeça para alguém.
Quando Lampião
esteve em Juazeiro, em 6 de março de 1926, para se alistar no Batalhão
Patriótico e receber a patente de Capitão, prometida por Dr. Floro Bartholomeu
da Costa, o barbeiro Mestre Chiquinho foi convidado para cortar o cabelo da
tropa. Ele passou um dia todo trabalhando. Quando terminou, Lampião disse que
não podia pagar, pois estava sem dinheiro. Acertou então mandar depois, e
Mestre Chiquinho confiou. Lampião saiu de Juazeiro e poucos dias depois remeteu o valor acertado – dez mil réis – acrescido de uma gorjeta.
Mestre Chiquinho
cujo nome de batismo é Francisco Vicente da Silva Cavalcante foi barbeiro do
Padre Cícero. Era imbatível jogador de damas e pessoa muito simpática e querida
em Juazeiro do Norte. Sua barbearia era muito frequentada, tendo o tabuleiro do
jogo de damas como grande atrativo.
Era natural da cidade de Caruaru (PE) e
ainda era jovem quando veio para Juazeiro. Mestre Chico, como também era
chamado, foi sacristão da Capela de Nossa Senhora das Dores, ajudou Padre
Cícero nas missas e novenas e tinha ainda a missão de acender os lampiões do
pátio da referida Capela.
Morreu com 76 anos de idade. Seus filhos até hoje
guardam com muito carinho a cadeira de barbeiro com a qual o saudoso Mestre
Chico tirou os recursos necessários para sustentar a família numerosa.
http://padrecicerocangacoecoronelismo.blogspot.com/2017/08/mestre-chiquinho-o-barbeiro-que-fez.html
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