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domingo, 24 de fevereiro de 2019

UM DEDO DE PROSA SOBRE ISSO QUE A GENTE NÃO SABE MAS GOSTA DE FAZER


Por Aluísio Barros Oliveira

Nas origens, lá na Itália, num tempo anterior a era cristã, o povo se referia aos festejos carnavalescos mais ou menos assim: saturnálias - festas em homenagem a Saturno - e também a Baco e a Momo. Logo, bacantes, período de Momo: momesco.

Roma era uma festa só. A hierarquia social era quebrada: escravos e filósofos e tribunos e astros se misturavam em praça pública num bacanal. 


- Bacanal?!

- Sim, meu Anjo. Bacanal ou Bacantes era o nome dos festejos em homenagem a Baco, o inventor mitológico do vinho. Celebrada em Roma, à imitação das festas dionisíacas gregas, “rolava” tudo aquilo que o vinho fosse capaz de provocar. E vinho, você sabe como é, né?!

- Uai, mas eu pensei que bacantes ou bacanal estabelecesse uma relação com festival de teatro.

- Também! O carnaval tem esse quê de folguedo, festa e espetáculo teatral. É ópera, opereta. É tudo. Representação. Ou inversão de papéis e costumes. Carnavalizar. Na medida do sonho.


No início da era cristã, por determinação da Igreja Católica, esses festejos passaram a ser realizados não mais nos meses de novembro e dezembro, como antes. Eles deveriam, agora, por serem festejos profanos, acontecer antes da quaresma.

- É o que é que tem quaresma com carnaval? O que é quaresma?

- É o tempo de preparação para a festa da Páscoa, a maior festa do Cristianismo. Um tempo em que devemos viver na reflexão e oração, tomando consciência dos compromissos que assumimos pelo nosso Batismo. Tempo de jejum, penitência e conversão. A Quaresma começa na Quarta-Feira de Cinzas, que sempre cai entre os dias 4 de fevereiro e 11 de março, e termina na quarta-feira da Semana Santa. Abrange seis domingos. Na última semana, voltamos toda a nossa atenção para a Paixão de Cristo, desde sua entrada solene em Jerusalém (Domingo de Ramos) até sua morte e a chegada [dele] na sepultura. São quarenta os dias da Quaresma. Na quaresma, os prazeres da carne são deixados de lado. Logo, os italianos começaram a usar a palavra carnevale, sugerindo que tudo que “se passasse” pela cabeça, poderia ser feito no carnaval. Então, antes da quaresma era permitido o uso abusivo de carne. E também “das carnes”, neste outro sentido.

- Ah, entendi. E o carnaval de Mossoró?

- Converse muito, não. Quarta-feira se esqueça de tudo e caia na dança pois pelo centro da velha cidade há o bloquinho q garante ser pequeno mas vai crescer. Eu vou. Vamos, sim. 

Se vc não for, só vc não vai. Uh la lá

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