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sábado, 6 de julho de 2019

A MULHER DE LUIZ PEDRO


>Ela nasceu em Paulo Afonso, Bahia e foi a segunda mulher de Luíz Pedro, o homem de confiança de Lampião. Nenê, como era chamada, recebeu o nome de Elenor. Mas o pesquisador Renato Luiz Bandeira, apresenta outra versão e conta que apenas duas ou três coisas se sabe dela, nem mesmo o seu nome de batismo e que seu pai, tinha o apelido de Bundinha.

Outros estudiosos do Cangaço trazem mais detalhes: certo dia, os cangaceiros bateram na porta de sua casa pedindo dinheiro ao seu pai, um coronel, mas na ocasião estava desprevenido. Os cangaceiros não pensaram duas vezes: levaram Nenê como “garantia” ou sequestro. A moça não parava de chorar, mas tanto, que um dos componentes do bando disse que ia matá-la para não ouvir mais o seu choro. Foi quando Luíz Pedro   interferiu e a protegeu. Ficou com ela. Formaram um casal até que a morte os separou. Nenê foi primeiro. Morreu num tiroteio em Itabaiana, em 1937.

Era parda, cabelo escorrido, estatura média e simpática. Foi uma das cangaceiras mais próximas a Maria Bonita. Ferida várias vezes e no bando era conhecida como Nenê Ouro, por ostentar   medalhões pesados de ouro. Presentes de Luiz Pedro. Teve uma filha, Maria Matos que foi colocada na Roda dos Expostos, na Casa de Misericórdia de Salvador, mas morreu pouco tempo depois de pneumonia.

A história de Nenê é uma entre tantas dessas cangaceiras que povoam o mundo feminino do Cangaço. Infelizmente, poucas informações foram registradas como era o costume da época. Essas mulheres com suas histórias verdadeiras ou não, deixaram suas marcas nas caatingas do Nordeste e todas foram Marias Bonitas.


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