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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

A PALAVRA

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Dom celeste inexplicável e dada
De graça por Deus ao homem
A todos outros animais é negada
Obra divina que só ele consome.

Dádiva natureza sublime incorpórea
Verbo invisível como o espírito
Faz a paz e a guerra, animadora da áurea
Veloz como eletricidade, súbito.

Brilhante em versos e prosas como a luz
E colorida como o prisma solar
Comunicadora do pensamento, conduz
Aos raios da inteligência antes de falar.

É também a mensagem invisível
Da ideia sonhada, essa íris celestial
Do espirito humano, plausível
Desigualdade da natureza animal.

Agitadora com ou sem asa dourada
Murmuradora do ouvido humano
Brinca, deita e rola como fada
Queima e assopra, com ou sem abano.

Arma atravessadora da imaginação
Embaladora de sonho fagueiro
Levantadora e destruidora na falação
Arado passado, presente e do futuro inteiro.

Reprodutora das nuances do pensamento
Do coração humano, desde o sorriso à lágrima
Do suspiro ao soluço de cada momento
Do gemido ao grito rouco agonizante, acima.

Enviado pelo autor.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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