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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

PÃO E MORTE.


Por João Filho de Paula Pessoa

Em outubro de 1937, Zé Rufino com sua volante rondavam a caatinga em busca de cangaceiros, quando encontraram uma criança numa trilha portando alguns pães, que interrogada e sob pressão, informa que é filho de João do Pão e os pães eram para seu pai que estava ali próximo com alguns amigos. Desconfiados, conduziram e seguiram a criança até o local informado por ela, e avistaram alguns cangaceiros jogando baralho com o Sr. João do Pão, um fazendeiro de posses que acoitava alguns cangaceiros e, incontinentemente, abriram fogo, abatendo de início os cangaceiros Pai Véio e Pavão e o Fazendeiro João do Pão. Em seguida abateram Mariano que lutava enquanto o resto do bando fugia. 

As cabeças dos três cangaceiros mortos foram arrancadas e levadas pela volante e o corpo do Sr. João do Pão foi entregue à sua família para um enterro decente, vez que o mesmo não era cangaceiro e era uma pessoa de posses. 

Neste combate fugiram Rosinha de Mariano que estava grávida, Criança e Dulce dentre outros. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 06/01/2016.


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