Clerisvaldo B. Chagas, 24 de janeiro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.252
Continua se segurando a Feira da Agricultura Familiar em Santana do Ipanema. São dois anos da feirinha realizada as sextas, um dia antes da tradicional feira livre da cidade. Idealizada para incentivar a agricultura de roça e assentamentos, o comércio leva aos clientes produtos de qualidade e vai ganhando a preferência dos que procuram opção segura na alimentação. Desde o início o evento das sextas foi apontado para funcionar à Avenida Arsênio Moreira vizinha a Caixa Econômica Federal. Hortaliças, legumes, frutas, pequenos animais, artesanato e demais produtos fazem parte daquele comércio com suas barracas padronizadas. Chama atenção até para os menos exigentes, a limpeza dos pontos de vendas e os arredores. Um contraste com a do sábado.
FEIRINHA EM SANTANA (FOTO: B.CHAGAS/ARQUIVO). |
O movimento das feirinhas é organizado no estado inteiro. Em centros maiores, como a capital, existe a mudança de lugares para prestigiar outros bairros, mas sempre acontecendo com a mesma qualidade dentro de Alagoas. Além de o cliente levar produto superior, o incentivo à agricultura de roça gera mais emprego e melhora a economia das famílias envolvidas no projeto. A exemplo dos programas de criação de galinha caipira, abelhas, caprinos e ovinos, o semiárido vai gerando renda e melhorando significativamente o antigo cenário sem expectativa. As vendas para as escolas do governo também têm assegurado o ânimo da agricultura familiar, principalmente quando o pagamento é feito em dia.
Na última vez em que estive na feirinha de Santana do Ipanema, até sanfoneiro animava o ambiente. Sim senhor, sanfona, triângulo e zabumba. O evento semanal tornou-se até ponto de encontro mesmo dos que nada vão comprar. Saí de banca em banca igual a conferente, vendo produtos que há muito não via no mercado. Banha de porco, doces caseiros feitos nos sítios, guloseimas de goma e até garrafinhas de mel de abelha italiana. Diante de uma banca com artesanato de metal deparei-me com o famoso artesão Roninho. Ganhei na hora uma peça bonita e pesada como cortesia.
Viva o homem do campo que produz a nossa alimentação.
Parabéns à Feirinha pelos dois anos de existência.
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