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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

VIDA NO CANGAÇO, MORTE NO PERDÃO.

Por João Filho de Paula Pessoa

Após a morte de Lampião o governo concedeu perdão e anistia aos cangaceiros que se rendessem e com isso vários cangaceiros remanescentes se entregaram ao poder público, foi a fase das entregas e dentre os que entregaram estava o Cangaceiro Português e seu bando. 

Certo dia de Fevereiro de 1939, Português estava sentado no pátio do quartel de Santana de Ipanema/Al, onde estava preso, quando de repente adentra um jovem e franzino rapaz com arma em punho, dirige-se rapidamente a Português e lhe acerta seis tiros em sua cabeça, saindo em seguida calmamente sem nenhum importuno por parte dos soldados, que assistiram a tudo impassivamente. 

Tratava-se do jovem Pedro Aquino Filho vingando a morte de seu pai, um comerciante, ocorrida três anos antes, em 1936, pelas mãos daquele cangaceiro que ele acabara de justiçar. 

Contra o rapaz não foi aberto nenhum inquérito sequer, pelo contrário lhe alistaram naquele mesmo dia na polícia alagoana. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 17/10/2019.


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