Por Beto Rueda
Padre Joaquim
de Alencar Peixoto poliglota, grande orador, artesão, jornalista, escritor de
textos em prosa e poesia (escreveu poesias em latim, francês, italiano e
inglês), escritor de livros. Nasceu no Crato em 26.04.1871.
Padre Joaquim de Alencar Peixoto
Dos pais
recebeu sobrenome de dois importantes ramos familiares do sertão cearense e
pernambucano – Alencar e Peixoto.
Seus pais
foram Felismino de Alencar Peixoto e Hortulana de Alencar Peixoto. Seus avós
paternos, Teodósio Marques de Abreu Peixoto (pernambucano) e Joaquina Xavier de
Jesus (de Missão Velha, Ceará); os maternos foram Francisco Leão da França
Alencar e Maria Leopoldina do Monte (de Exu).
Em 15 de
agosto de 1907, mudou-se para Juazeiro do Norte, em 1909, fundou o primeiro
jornal juazeirense que tinha o título de “O Rebate”.
Provavelmente
pelo forte e combativo envolvimento político, não obteve permissão para
confessar e foi suspenso de todas as ordens.
A partir de
então se insere na luta em prol da independência de Juazeiro e a criação do
município, o que aconteceu em 22 de julho de 1911. Neste ano, a doze de
outubro, teve Carta Comendatícia para o amazonas.
Depois da
vitória em Juazeiro, por divergências com o padre Cícero, deixou a cidade.
Foi vigário de
Cachoeira. Sabe-se que esteve morando num lugar chamado de Sena Madureira, no
Acre e na Amazônia.
Foi pároco de
Belmonte - PE. no período de 02.01.1917 a 23.11.1919. Foi nomeado como Pároco
Encomendado de Granito - PE. em 16.12.1919.
Capitão Lampião
Em setembro de
1926, Lampião entra em Granito, acompanhado por mais de cem homens, população
em pânico procura a casa paroquial como refúgio. Padre Peixoto, destemido,
procura Lampião e chama o chefe dos cangaceiros para uma conversa. Depois do
diálogo, os invasores vão embora da cidade em paz, inclusive pagando as contas
das bodegas.
O comportamento
crítico do padre peixoto em relação às ações do padre Cícero e, distante das
brigas enciumadas de intelectuais e do poder financeiro, fez com que se
afastasse, como se fugindo de algo, morando pelo resto da vida em lugares
diferentes, tais como: Crato - CE, Mangas - MG., Rubiataba - GO.
Com o tempo,
adquiriu problemas renais dos quais se queixava muito. Em 1950 quando visitou
Juazeiro do Norte era um homem pobre, velho, quase cego, desiludido e por
poucos reconhecido.
O padre
Peixoto permaneceu lúcido até a madrugada de 24.02.1957 quando faleceu em
Rubiataba - GO. e teve atestada a causa mortis como “bronco pneumonia derivada
de diversas causas”. Foi sepultado no Cemitério Público da mesma cidade.
Mais uma
figura importante que cruzou o caminho do Rei do Cangaço.
REFERÊNCIAS:
CAVALCANTE,
Francisco José Pereira.
Padres do
interior II - os padres da paróquia de nossa senhora do bom conselho de
Granito. Petrolina: Diocese de Petrolina, 2010.
BARBOSA,
Eduardo.
Lampião, rei
do cangaço. Rio de Janeiro: Ediouro, 1985.
BARRETO,
Ângelo Osmiro.
Misto de
guerra e paz. Lampião Aceso, 02 nov. 2009.
Disponível
em:<http://lampiaoaceso.blogspot.com/…/padres-e-cangaceiros.htm…>.
Acesso em: 25 mar.2020.
SEVERO,
Manoel.
Padre Cícero e
Virgulino. Cariri Cangaço, dez.2015.
Disponível
em:<http://cariricangaço.blogspot.com/…/padre-cicero-e-virgulin…
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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