Por Rangel Alves da Costa
A casa era grande, de arquitetura esplendorosa e adornos magistrais por todo
lugar. A foto não mostra, mas ainda faltando metade da parte frontal retratada.
Ainda três janelas grandes nessa parte aonde a rapaziada gostava de sentar para
conversar. Por essa porta passou o sertão inteiro. Passou Sinhô Correia e
outros potentados do sertão, passou comboeiros, e também passou Padre Arthur
Passos e Lampião. Foi após essa porta que se deu o famoso encontro entre a cruz
e espada, entre a hóstia e o mosquetão. Minha avó Maêta ficou em tempo de
endoidar nesse dia. Meu avô China avermelhou que parecia abrasado. Mas tudo
acabou em regabofe e depois em missa. O ano era 29. Quanto tempo já passou, meu
Deus! Ao lado a famosa bodeguinha, lugar de encontros caipiras e proseados da
sertanejada. Um fumo de rolo, uma pinga da boa, um quilo disso e daquilo. Era
de posses, a bodeguinha era só para encontros mesmo, para que o sertanejo
marcasse presença para relatos de catingueiras e de sóis.
Rangel Alves da Costa
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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