Por Francisco
de Paula Melo Aguiar
Dom
celeste inexplicável e dado
De
graça por Deus ao homem
A
todos outros animais é negado
Obra
divina que só ele consome.
Dádiva
da natureza sublime, incorpórea
Verbo
invisível como o espírito
Faz
a paz e a guerra, animadora da áurea
Veloz
como eletricidade, súbito.
Brilhante
em versos e prosas como a luz
E
colorida como o prisma solar
Comunicadora
do pensamento, conduz
Aos
raios da inteligência antes de falar.
É
também a mensagem invisível
Da
ideia sonhada, essa íris celestial
Do
espirito humano, plausível
Desigualdade
da natureza animal.
Agitadora
com ou sem asa dourada
Murmuradora
do ouvido humano
Brinca,
deita e rola como fada
Queima
e assopra, com ou sem abano.
Arma
atravessadora da imaginação
Embaladora
de sonho fagueiro
Levantadora
e destruidora na falação
Arado
passado, presente e do futuro inteiro.
Reprodutora
das nuances do pensamento
Do
coração humano, desde o sorriso à lágrima
Do
suspiro ao soluço de cada momento
Do
gemido ao grito rouco agonizante, acima.
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Enviado pelo o autor
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