Por João Pernambucano
Jesuíno Alves de Melo Calado nasceu em Patu, RN, em 1844. Foi considerado um Robin Hood dos Sertões.
Nascido em uma família de posses, entrou na rota do cangaço (na verdade ele é um dos precursores do movimento) em 1871, motivado pela vingança, ao ver seu irmão apanhar feio no meio da rua, no centro da cidade natal acusado de roubar uma cabra que, pasmem, lhe pertencia. Na verdade, ele fora roubado e foi recuperar o animal.
A partir dali, Jesuíno virou Jesuíno Brilhante. As ações mais faladas de Jesuíno eram as tocaias que ele e seu bando organizavam para saquear comboios de ajudas (cestas básicas) oferecidas pelo governo aos flagelados da seca sertaneja.
Jesuíno saqueava, tirava uma parte para seu grupo e todo o restante levava para distribuir com flagelados. Dizia que se deixasse as carroças passarem com a ajuda, tudo iria direto para as fazendas dos coronéis.
Também era uma espécie de vingador. Vingava, sobretudo, crianças e idosos que eram maltratados, pobres injustiçados e mulheres que eram violentadas.
Ele praticamente criou um Estado paralelo no Sertão, principalmente no Rio Grande do Norte e na Paraíba.
Em dezembro de 1879, foi vítima de uma emboscada na região das Águas do Riacho de Porcos, na cidade de Belém do Brejo do Cruz, na Paraíba.
Ele ainda percebeu a armadilha, mas quando tentou recuar, foi atingido com dois tiros. Embrenhou-se pelo matagal, mas não resistiu e morreu pouco tempo depois.
Seu corpo ficou em uma exposição macabra durante muito tempo no Colégio Diocesano de Mossoró. Depois passou a fazer parte do acervo museológico do alienista Juliano Moreira, no Rio de Janeiro.
Após o corpo ser removido do acervo, ninguém sabe qual destino deram aos seus restos mortais.
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