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sábado, 19 de junho de 2021

RESTOS MORTAIS DO CANGACEIRO JESUÍNO BRILHANTE NÃO FORAM ENTREGUES AOS PATUENSES

Por José Mendes Pereira

Imagem ilustrativa. Parece que não existe foto do Jesuíno Brilhante

Jesuíno Alves de Melo Calado era o famoso cangaceiro Jesuíno Brilhante, tendo nascido no ano de 1844, no sítio Tuiuiú, no município de Patu, no Estado do Rio Grande do Norte, e era filho de José Alves de Melo Calado e D. Alexandrina Brilhante de Alencar.

Em dezembro de 1879, na região das Águas do Riacho de Porcos, Brejos da Cruz, na Paraíba, Jesuíno Brilhante foi atingido no braço e no peito, sendo levado por seus amigos. Mas infelizmente ele não resistiu aos ferimentos e faleceu no lugar chamado "Palha", tendo sido  enterrado onde morreu. 

 

Os restos mortais do cangaceiro Jesuíno Brilhante saíram de lá, e desnecessariamente vieram para Mossoró. 

Dr. Francisco Pinheiro de Almeida Castro 

No ano de 1883, o Dr. Francisco Pinheiro de Almeida Castro, que era médico em Mossoró, visitou o túmulo do cangaceiro, e trouxe para cá os seus restos mortais, abrigando-os em sua residência.

Após sua morte, em 22 de junho de 1922, os restos mortais  de Jesuíno Brilhante foram levados para o Grupo Escolar "30 de Setembro". No ano de 1924, eles foram transferidos para a Escola Normal. E tenho informação que, posteriormente eles foram transferidos para o Rio de Janeiro, para estudos, e ninguém teve mais informações sobre os mesmos.

Por que o Dr. Almeida Castro meteu a sua colher na ossada do cangaceiro se ele não era perito nisto? 

 O Dr. Almeida Castro nascera em Maranguape-Ce, e era médico em Mossoró, mas não era perito, legista ou outra coisa semelhante, em relação à estudos em ossadas, restando apenas o prejuízo para a cidade de Patu que sem merecer, perdeu um pouco da sua história, quando os restos mortais do cangaceiro deveriam ter sido entregues à população patuense. Se ainda existem por aí, ninguém sabe.

Este monumento do escritor Benedito Vasconcelos Mendes tem 3 metros de altura e foram gastos nele 12 toneladas de concreto. Foi transportado para Mossoró em uma carreta. 

Certa vez, o professor, escritor, fundador do Museu do Sertão  de Mossoró, pesquisador do cangaço, e diretor da ESAM - Escola Superior de Agricultura de Mossoró, atualmente UFERSA, durante 24 anos, me falou que apenas o crânio foi para o Rio de Janeiro. Tudo bem, mas não se tem notícia dos restantes dos restos mortais do cangaceiro. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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