O Casarão dos Patos de Princesa, em Irerê, Paraíba
A batalha do
Casarão dos Patos
Um dos momentos mais sangrentos da Guerra de Princesa, em 1930
Ao longo da história da região Nordeste do Brasil, não faltam ocorrências que
perpetuam a valentia de alguns e a covardia de muitos. Onde muitas histórias
são regadas a sangue, com muitos tiros, correrias e tropelias.
Em toda a região os relatos sobre estes fatos são continuamente passados as
novas gerações, muitas vezes através da tradição oral, do folheto de cordel,
sendo depois documentados em livros, servindo então de temas para teses
acadêmicas, que contestam ou corroboram os fatos. Outras vezes o espectro é
ampliado e estas sagas chegam ao teatro, a televisão e ao cinema. Mas a tônica
é uma só; estes episódios são sempre conhecidos e repetidos pela região.
Neste sentido, é de se estranhar que atualmente na região ocorra um acentuado
desconhecimento e uma estranha falta de informações sobre o conflito deflagrado
no ano de 1930, na região da atual cidade paraibana de Princesa Isabel, próximo
à fronteira com Pernambuco e conhecido como a “Guerra ou Sedição de Princesa”.
A Guerra de Princesa
Esta guerra (e não há nenhum exagero de assim chamá-la), foi pródiga de
episódios interessantes e cruéis, onde tudo começou através de discórdias
políticas e econômicas, envolvendo poderosos coronéis do interior do estado e o
governador eleito da Paraíba em 1927, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque.
João Pessoa discordava da forma como o grupo político que o elegera conduzia a
política paraibana, onde era valorizado o grande latifundiário de terras do
interior, possuidores de grandes riquezas baseadas no cultivo do algodão e na
pecuária. Estes “coronéis” atuavam através de uma estrutura política arcaica,
que se valia entre outras coisas do mandonismo, da utilização de grupo de
jagunços armados, da conivência com grupos de cangaceiros e outras ações as
quais o novo governador não concordava.
Entre os embates ocorridos, podemos listar uma maior perseguição do governo
estadual aos grupos de cangaceiros e a cobrança de taxas de exportação do
algodão. Por esta época, os coronéis exportavam o produto principalmente através
do principal porto de Pernambuco, em Recife, provocando enormes perdas de
divisas tributárias para a Paraíba. Procurando evitar esta sangria financeira e
efetivamente cobrar os coronéis, João Pessoa implantou diversos postos de
fiscalização nas fronteiras da Paraíba, irritando de tal forma estes caudilhos,
que pejorativamente passaram a chamar o governador de “João Cancela”.
Os embates políticos entre o governador e os coronéis foram crescendo. A maior
liderança entre estes poderosos, sem dúvida foi o coronel José Pereira Lima,
verdadeiro imperador da região oeste da Paraíba, na área da fronteira com
Pernambuco, tendo como base, a cidade de Princesa. Do embate entre estes dois
homens resultou em um dos maiores conflitos armados do Brasil Republicano.
A contenda teve início em 28 de fevereiro de 1930, quando ocorreu a invasão da
então vila do Teixeira (PB), por parte da polícia paraibana, com o
aprisionamento da família Dantas, ligada por profundos laços de parentescos e
interesses ao coronel José Pereira.
Os primeiros lances do conflito
Apesar de governador João Pessoa não contar com o apoio do Palácio do Catete,
onde o titular, Washington Luís, não viabilizou uma efetiva ajuda as forças
policiais paraibanas, o mandatário paraibano foi à luta.
Com o apoio discreto, mas efetivo, do Presidente da República e dos
governadores de Pernambuco, Estácio de Albuquerque Coimbra, e do Rio Grande do
Norte, Juvenal Lamartine de Faria, o coronel José Pereira decidiu criar o
“Território Livre de Princesa” com absoluta autonomia, separando-se durante o
período do conflito do restante do estado da Paraíba.
Princesa se tornou uma fortaleza inexpugnável, resistindo palmo a palmo ao
assédio das milícias leais ao governador João Pessoa. O exército particular do
coronel José Pereira era estimado em mais de 1.800 combatentes, onde diversos
desses lutadores eram egressos das hostes do cangaço e muitos eram desertores
da própria polícia paraibana.
No lado do presidente João Pessoa, suas tropas estavam sob o comando do Coronel
Comandante da Polícia Militar da Paraíba, Elísio Sobreira, do então Delegado
Geral do Estado, Severino Procópio, e do Secretário de Interior e Justiça, José
Américo de Almeida. Na tentativa de desbaratar os sediciosos de Princesa, estes
comandantes dividiram os efetivos policiais, compostos por cerca de 890 homens,
em colunas volantes.
No povoado de Olho D’Água, então pertencente ao município de Piancó (PB),
estava aquartelado o comando geral de operações da polícia paraibana, que
decidiu enviar à Princesa uma de suas colunas volantes, conhecida como “Coluna
Oeste”. Esta coluna era comandada pelo Tenente Raimundo Nonato, que tinha entre
seus principais comandados o valente sargento Clementino Furtado, mais
conhecido como Clementino Quelé, ou “Tamanduá Vermelho” (por ser branco e ficar
“avermelhado” quando nervoso). Quelé era a valentia em pessoa, calejado nas
lutas do sertão, podia se vangloriar de possuir no seu “currículo”, mais de
vinte combates contra Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Foi a volante de
policiais comandadas por Quelé, a primeira a entrar em Mossoró, em 13 de junho
de 1927, perseguindo Lampião e seu bando, logo após este ter tentado invadir
esta importante cidade potiguar.
Composta de valentes combatentes, foi para a "Coluna Oeste" que o
comando designou uma missão especial.
O ataque ao Casarão dos Patos
Em Princesa, entre um dos mais importantes líderes das tropas locais estava o
fazendeiro Marçal Florentino Diniz, poderoso e influente agro-pecuarista da
região, que juntamente com seu filho, Marcolino Pereira Diniz, eram parentes e
pessoas da inteira confiança do coronel José Pereira. O coronel Marçal Diniz
possuía no então distrito de Patos de Princesa, a 18 quilômetros da cidade, uma
fazenda localizada no sopé da grande serra do Pau Ferrado, o segundo ponto mais
elevado da Paraíba, com cota máxima em torno de 1.120 metros de altitude e foi
para esta fazenda que o comando da polícia paraibana ordenou que Clementino
Quelé atacasse a casa grande do poderoso coronel.
Este episodio é conhecido como o “Fogo ou Batalha do Casarão dos Patos”.
A idéia deste ataque visava dividir as forças do coronel José Pereira, que
teria de retirar homens da frente de combate de Teixeira, para socorrer os
familiares da família Diniz que estavam no casarão, bem como formar com as
reféns uma espécie de cordão de isolamento, um escudo humano, que objetivava
garantir a segurança dos militares. Pensavam que, agindo assim, nenhum defensor
de Princesa ousaria atirar nos combatentes do governo paraibano.
Outra teoria seria a de levar as mulheres como prisioneiras, ou reféns, para a
cidade de Paraíba do Norte (atual João Pessoa) e forçar os comandantes de
Princesa a alguma espécie de negociação.
No dia do ataque, 22 de março de 1930, Quelé e seus policiais, em número
estimado entre sessenta para alguns, e entre setenta a cem homens para outros,
seguiram atravessando a zona urbana da pequena vila de Alagoa Nova (atual
Manaíra-PB) e daí subiram a grande Serra do Pau Ferrado. Ao passarem pela
propriedade de Antonio Né, pessoa ligada à família Diniz, no homônimo Sítio Pau
Ferrado, assassinaram um cidadão por nome Silvino, depois, desceram a serra.
Não havia muitos defensores pertencentes aos grupos do coronel José Pereira, ou
de Marcolino Diniz e a força policial de Quelé ocupa o local sem maior
oposição. Na casa estavam entre outras pessoas, às mulheres de Marcolino Diniz,
Alexandrina Diniz (também conhecida como Dona Xandu, ou Xanduzinha) e a de Luís
do Triângulo, Dona Mitonha. Luís do Triângulo era um dos mais valentes e
destacados chefes dos combatentes de José Pereira.
A batalha sangrenta
Neste interregno, o grupo de combate comandando por Marcolino encontrou um
soldado da polícia de nome Zeferino, o qual seguia com uma mensagem do Sargento
Quelé ao Delegado Geral do Estado, Severino Procópio, informando da ação contra
o casarão.
José Pereira e Marcolino Diniz recebem a notícia da prisão de seus familiares.
Tomam esta ação como um acinte, uma falta de respeito e preparam o contra
ataque. Ordenam que parte de suas tropas que combatiam as forças policiais do
governador João Pessoa na região de Tavares, se deslocasse para Patos de
Princesa e ordenam que os homens levem farta munição. Outros combatentes
conclamam moradores da região para o ataque, enaltecendo a covardia de Quelé,
que usava mulheres como escudos. Este chamamento dos líderes de Princesa e de
seus homens encontra eco entre membros das comunidades de Princesa e Alagoa
Nova e estes decidem seguir com o grupo que vai retomar o “Casarão dos Patos”.
Na noite do segundo dia após o bem sucedido ataque de Quelé ao casarão da
família Diniz, a situação permanece inalterada. Segundo relatos dos reféns, os
soldados, com raras exceções, se portaram de forma vândala e arrogante durante
a ocupação.
Enquanto isso os combatentes de Princesa vão discretamente fechando o cerco ao
casarão. Aparentemente, por falta de comunicação com seus comandantes, Quelé
não abandonou a posição e levou seus prisioneiros. Outros acreditam que ele
logo percebeu que estava cercado e esperou o inevitável.
O certo é que na manhã do terceiro dia de ocupação, o céu se apresentava
nublado, os defensores do casarão estavam tranqüilos, apesar da tensão
existente na região. Alguns esperavam o café, outros até jogavam uma
improvisada partida de futebol (possivelmente com uma bola de meia), no pátio
defronte a casa. É quando o primeiro tiro é detonado em um soldado que vinha do
Sítio Pedra e trazia um carneiro para abate, aí tem início um inferno no
“Casarão dos Patos”.
A polícia estava cercada na casa, se defendendo como podia, o sargento Quelé
vai animando seus policiais em meio a uma intensa troca de tiros e insultos
entre as forças combatentes.
Marcolino Diniz, à frente dos seus homens, está com o “cão no couro”,
comandando, disparando e mandando buscar cachaça nas bogedas da pequena vila de
Patos de Princesa para “esquentar” seus “cabras”. Esta cachaça era trazida em
sacos, distribuída francamente entre seus combatentes. Até hoje se comenta na
região como os distribuidores da bebida terminaram os combates totalmente
embriagados e sem dispararem um só tiro.
O tiroteio é cerrado. Colocar a cabeça muito exposta nas janelas do casarão é
motivo para que algum policial se torne um alvo fácil. Já os homens de Diniz
continuam disparando sem cessar. Eles estão espalhados em todo o perímetro,
protegidos por árvores, pedras, pelos muros e paredes das poucas casas
vizinhas.
O combate prolongou-se até as dezesseis horas do mesmo dia, quando a polícia
praticamente estava sem munição e seus disparos tornam-se esparsos. É quando os
homens de Marcolino, aproveitando uma forte chuva que desabava e a existência
de um canavial nas imediações do casarão, partem para o assalto final.
Durante a invasão é travado um forte combate corpo a corpo em cada uma das
dependências da casa. Gritos, pancadas, socos, pontapés, dentadas, tiros,
facadas e sons de lutas ocupam o ambiente. Os homens de Quelé procuram à fuga,
mas estando o casarão cercado, muitos são abatidos impiedosamente pelos
combatentes de Marcolino.
Alguns policiais fugiam, feridos ou não, pelo mesmo canavial que serviu de
abrigo para os atacantes e de lá seguiam para a serra do Pau Ferrado. Nesta
fuga, muitos combatentes se cruzavam, às vezes cara a cara, dentro do canavial
e tiros ou facadas eram desferidas a curta distância.
Marcolino, atiçado pela bebida e já dentro do casarão, prometia aos gritos “vou
sangrar todo mundo, até Xandu” que no seu entendimento de valentão do sertão,
com um pensamento extremamente machista, imaginava que a sua mulher já havia
sido estuprada e aí só “sangrando para limpar o corpo”. Mas Xandu e as outras
mulheres estavam bem e foram preservadas por Quelé e seus homens. Todas estavam
em um quarto, acompanhadas de um soldado ferido na perna, que conseguira
desarmar uma bomba (ou granada?), que o sargento Quelé colocara no recinto. O
soldado salvou a vida das reféns, sendo igualmente salvo pelas mulheres de ser
impiedosamente sangrado por Marcolino e seus “cabras”.
Após isto, Marcolino e seus homens seguiram pelos vários recintos do “Casarão
dos Patos”, chacinando os policiais que não fugiram. Dos militares que lá
dentro se encontravam, não sobrou nenhum vivo, pois até o soldado que havia
salvado as mulheres, morreu no mesmo dia, devido aos ferimentos, quando era
transportado para a vizinha cidade pernambucana de Triunfo.
Segundo relatos dos moradores da região, havia até recentemente, em alguns
quartos da casa, registros de mãos ensangüentadas nas paredes, mostrando a
agonia deste dia terrível.
Quanto a Quelé, vendo-se acossado pelos homens de Marcolino e escutando o
próprio caudilho dos Patos de Princesa gritando dentro do casarão que “queria
pegar Clementino e matá-lo sangrado”, pulou do andar superior, juntamente com
dois soldados e juntos fugiram em direção ao canavial. Já era noite quando conseguiram
chegar à serra do Pau Ferrado, depois seguem para Alagoa Nova e ao encontro das
forças de João Pessoa. O restante dos militares que escapou com vida
embrenhou-se em território pernambucano.
O resultado do combate e o fim da guerra
Das forças de José Pereira e Marcolino Diniz houve apenas uma baixa, um senhor
de nome Sinhô Salviano, possivelmente sob efeito da cachaça, desprezou as
ordens e ficou sob a mira dos soldados.
Para alguns pesquisadores, as forças paraibanas perderam mais da metade do
efetivo, mas segundo os relatos que se perpetuam na região, contados por
aqueles que participaram do conflito e transmitidos para seus descendentes,
foram mortos em torno de cinqüenta policiais, sendo seus corpos enterrados em
uma vala comum nas proximidades do casarão. Os equipamentos bélicos dos
policiais mortos foram recolhidos pelos combatentes de Princesa para reforço de
arsenal.
Houve outros episódios sangrentos e terríveis na Guerra de Princesa, mas após a
morte, em Recife, do governador João Pessoa e a conseqüente eclosão da
Revolução de 30, o conflito em Princesa acabou, era o dia 26 de julho de 1930.
O coronel José Pereira Lima organizou a defesa dos seus domínios de forma
impressionante, provocando baixas estrondosas à força pública paraibana durante
os quatro meses e vinte e oito dias que durou sua resistência.
Princesa não foi conquistada pela polícia paraibana. Após a eclosão da
Revolução de 30, tropas do exército, de forma tranqüila, ocuparam a cidade.
O coronel José Pereira e muitos dos que lutaram com ele fugiram da região e a
família Diniz se retraiu diante do novo sistema governamental imposto. O tempo
dos caudilhos do sertão estava chegando ao fim, pelo menos naquele formato
utilizado por José Pereira.
Com o fim da guerra, a fortuna da família Diniz ficou seriamente comprometida.
O combate e, principalmente, a ira dos soldados, destruiu tudo. Canaviais,
engenhos de rapadura, moendas, casas e outros bens foram alvo da vingança dos
fardados, quase nada escapou.
Mesmo com as perseguições sofridas após o fim da guerra, todos os anos
Marcolino Diniz e sua gente, comemoravam o aniversário da retomada do casarão
com muita festa.
Marcolino sempre foi um homem controverso, valente, prepotente, astuto e sagaz.
Era proprietário das fazendas Saco dos Caçulas e Manga, onde diversas vezes
Lampião descansava dos combates. Esta polêmica amizade entre Marcolino e
Lampião é bem retratada em um episódio; em 30 de dezembro de 1923, Marcolino,
juntamente com seu guarda-costa conhecido por “Tocha”, por conta de uma briga,
matam o então magistrado da cidade de Triunfo (PE), o Dr. Ulisses Wanderley.
Marcolino fica ferido e é feito prisioneiro na cadeia pública local. Seu pai, o
coronel Marçal, recorreu aos préstimos do cangaceiro a fim de libertar o filho.
Não demora muito e um grupo armado, com um número de homens estimado em torno
de 100 a 150 homens, retira tranqüilamente o prisioneiro ferido da cadeia.
Marcolino e a sua adorável Xandu, continuaram unidos até a morte, tendo seu
amor sido imortalizado em 1950, por Luís Gonzaga e Humberto Teixeira, com a
música “Xanduzinha”. Marcolino nasceu em 10 de agosto de 1894 e faleceu em
Irerê, em 21 de dezembro de 1980, com 86 anos, conforme está inscrito em sua
lapide, na igreja deste atraente lugarejo.
Já o sargento Clementino Quelé sobreviveu à Guerra de Princesa e ainda teria
fôlego para perseguir, no ano de 1936, o bando do cangaceiro Virgínio Fortunato
da Silva. Conhecido como “Moderno”, foi cunhado de Lampião, homem de sua mais
alta confiança, que neste ano investiu contra a região conhecida como “Tigre
paraibano”, atacando várias fazendas na área próxima a cidade de Monteiro.
Quelé, possivelmente pelo analfabetismo, nunca passou da patente de sargento,
tendo morrido idoso na cidade paraibana de Prata. Coincidentemente, Quelé
também foi lembrado em uma música de Luís Gonzaga intitulada “No Piancó”.
Quem visita atualmente a antiga Patos de Princesa, atual Irerê, com suas casas
antigas e bem preservadas, nem imagina que o carcomido e arruinado casarão
existente no fim da rua principal, foi palco de tamanho conflito.
Mesmo em ruínas, o casarão impressiona pela imponência da sua estrutura, pela
grandiosidade da sua construção. Nele existe um andar superior, com dois sótãos
independentes, vários quartos e dependências, sendo um exemplo do poder emanado
pelos coronéis da região. Em meio ao silêncio atual, se o visitante puxar pela
imaginação, é possível ouvir os sons da batalha ali ocorrida no longínquo ano
de 1930.
Nota - Especificamente sobre o “Fogo do Casarão dos Patos”, utilizo
principalmente as lembranças de várias pessoas que vivem na região de Princesa
Isabel, Irerê e Manaíra. Sendo as informações do senhor Antonio Antas Dias,
residente na cidade de Manaíra, as narrativas mais utilizadas. Este senhor
comentou sobre este momento histórico, em uma entrevista concedida no dia 14 de
agosto de 2006. O Sr. Antonio Antas tinha 61 anos na época da entrevista, onde
as informações que ele prestou lhe foram transmitidas principalmente por
Marcolino Diniz, de quem era parente, pelo guarda costas deste último, Manoel
“ronco grosso” Lopes, por José Florentino Dias, seu pai, e pelo senhor
Sebastião Martins, morador do atual distrito de Irerê.
No dia desta entrevista, o autor estava acompanhando do Sr. Dr. Juiz de Direito
e pesquisador, Sérgio Augusto de Souza Dantas.
Igualmente utilizei os trabalhos do amigo e professor de geografia José Romero
Araújo Cardoso, lotado na UERN-Universidade do Estado do Rio Grande do Norte,
em Mossoró. Estes artigos são “Marcolino Pereira Diniz e Xanduzinha:
Imortalizados através da arte de Luiz “Lua” Gonzaga”, no link –
http://www.turismosertanejo.com.br/?target=artigos&id=69
Outro Trabalho do professor Romero, ao qual utilizei material para a confecção
deste artigo, foi uma série de interessantes entrevistas realizadas entre 1989
e 1991, com diversas testemunhas sobre episódios do cangaço e da Guerra de
Princesa, que está inserido no link - http://www.marcoslacerdapb.hpg.ig.com.br/romero/cangaco.htm
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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