Por Iaperi Araújo
Cortar cabeças, ou morte por degola ou a separação da cabeça do corpo é uma prática muito antiga. Ela tem um significado político, ou seja, o da subjugação do vencido. Sob o aspecto religioso cristão, a cabeça separada do corpo, não permitiria a ressurreição do morto. A bíblia fala do corte da cabeça de João Batista, a pedido de Salomé. Em Canudos, após a derrota de Conselheiro a degola, foi geral (triste página de nossa história...). Mesmo, após sua morte, foi procedida a exumação e o corte de sua cabeça.
A separação da cabeça do resto do
corpo, mutilando-o, fragmenta a ideia da imortalidade. No caso da degola
procedida em Angico (morte de Lampião, Maria e mais 9 cangaceiros), por ocasião
da degola de MARIA, após o corte da cabeça, alguns policiais informaram que
colocaram o dedo no canal medular extraindo parte da massa cinzenta-encefálica.
O próprio Tenente João Bezerra informou que após as mortes de cangaceiros em Angico, as cabeças tiveram que ser cortadas, pois ficava impossível, trazer os corpos em face das dificuldades encontradas.
Professor Iaperi Araujo
Rio Grande do Norte
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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