Por Da CNN São Paulo
Informação foi
confirmada pela assessoria de imprensa da artista à CNN; ela estava em
recuperação de um procedimento cirúrgico.
A cantora Gal
Costa, um dos maiores nomes da música popular brasileira, morreu nesta
quarta-feira (9), aos 77 anos.
A informação
foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista à CNN. A causa da
morte não foi informada.
Gal Costa
faria apresentação no festival Primavera Sound, em São Paulo, no último fim de
semana. A participação foi cancelada às vésperas do evento. Sua última
participação em festivais foi no Coalla Festival, em setembro deste ano em São
Paulo.
De acordo com
a assessoria, a cantora se recuperava nas últimas três semanas de um
procedimento cirúrgico nasal.
Gilberto Gil,
um de seus companheiros de os “Doces Bárbaros”, postou em seu perfil no Twitter
sobre a morte da amiga.
Gal Costa é
considerada uma das principais referências vocais femininas de sua geração e
influência para cantoras posteriores. Com postura irreverente e desafiadora,
sua trajetória é marcada por reinvenções, rupturas e a particular junção do
grito do rock ao canto popular.
História de
Gal Costa
Maria da Graça
Costa Penna Burgos, a Gal, nasceu em Salvador, na Bahia e começou a cantar na
adolescência em festas escolares e trabalha em uma loja de discos, onde
conheceu a bossa nova.
Em 1964 ela se
junta aos artistas cantores Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Maria
Bethânia em “Nós, Por Exemplo”, show de inauguração do Teatro Vila Velha, em
Salvador. No mesmo ano, ainda como Maria da Graça, gravou um disco com as
faixas “Eu Vim da Bahia” e “Sim, Foi Você”.
De acordo com
a Enciclopédia da Música Brasileira, projeto do Itaú Cultural, depois de 1967
ela gravou duas músicas do álbum “Tropicália” ou “Panis et Circencis”, de
Caetano.
A capacidade
de se reinventar foi uma característica marcante da cantora e sua carreira foi
marcada por mudanças. A primeira delas acontece em 1968: com colar de espelhos,
penteado black power e o canto agudo e provocador, Gal defende a canção “Divino
Maravilhoso” no 4º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record e fica em
terceiro lugar.
Em 1969,
lançou dois álbuns, “Gal Costa” e “Gal”, com canções de Roberto Carlos
e Erasmo Carlos, ícones da jovem guarda. Na voz da cantora, as composições
de apelo pop ganham interpretação enérgica.
Ao longo do
exílio de Caetano e Gil, iGal torna-se representante do tropicalismo. Em 1970,
a cantora vai para Londres para visitar os dois músicos e, de volta ao Brasil,
lança “LeGal”.
O disco ao
vivo “Fa-tal – Gal a Todo Vapor”, de 1971, traz músicas de Luiz Melodia
(1951-2017), Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
Também tocando
na questão política, a capa do álbum “Índia” traz um close da virilha da
cantora, vestida com um biquíni e, na contracapa, ela aparece de seios nus. O
LP foi vendido nas lojas dentro de um plástico escuro por causa da censura.
Com o disco
“Cantar”, Gal se reaproxima da MPB e muda a postura vocal, amenizando a
agressividade e priorizando a voz límpida, um retorno à referência de João
Gilberto.
Em 1975, Gal,
Gil, Caetano e Bethânia se reúnem para o espetáculo “Os Doces Bárbaros”, que dá
origem ao disco homônimo. No mesmo ano, interpreta “Modinha para Gabriela”, do
compositor Dorival Caymmi (1914-2008) e tema de abertura da adaptação
do romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado (1912-2001).
Menos experimentais, Gal Canta Caymmi (1975) e os dois álbuns
seguintes, Caras e Bocas (1977) e Água Viva (1978), são
sucessos de público.
Em 1980, ela
revisita a obra do compositor Ary Barroso (1903-1964) com o álbum “Aquarela do
Brasil”. Com “Fantasia” (1981), alcança sucesso nas rádios com a faixa “Festa
no Interior”, de Moraes Moreira (1947- 2020) e Abel Silva.
Em 1988,
recebeu o Prêmio Sharp de melhor cantora. Na década de 1990, retoma a parceria
com Salomão no disco “Plural”, e em 1993, lança “O Sorriso do Gato de
Alice”.
No álbum
“Recanto”, de 2011, Gal se reinventou novamente. O trabalho, composto e
produzido por Caetano, traz um repertório com música eletrônica e o funk
carioca.
Em atualização
(Publicado por
Léo Lopes, Lucas Rocha e Carolina Farias).
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/morre-gal-costa-icone-da-musica-popular-brasileira-aos-77-anos/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário