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domingo, 2 de julho de 2023

A MÁQUINA

 Por Hélio Xaxá


Poetas da fria modernidade

Não deixem morrer a poesia imortal

Não exaltem amor à novidade

Não partam meu coração de metal.


Exaltem, sim, à mulher amada

Que os guardam, quente, no abraço

Reneguem à máquina gelada

Não cortem o meu coração de aço.


Do corpo, à distância, o calor

Fios, cabos, satélites... Universos.

Tal coração não percebe a dor...


Pobres poetas, à imagem do amor

Não recitam, mas digitam versos

Ante os frios olhos do computador.


https://www.facebook.com/helio.xaxa

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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