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quarta-feira, 19 de julho de 2023

UMA FOTOGRAFIA INÉDITA DO FAMOSO COITEIRO DE LAMPIÃO: ANTÔNIO DA PIÇARRA.

 Por José Cícero Silva

Antonio Teixeira Leite - Decerto por este nome de batismo, talvez ninguém o saberia dizer de quem se tratava num primeiro momento. Porém, se mencionarmos o seu nome de lida: "ANTONIO da PIÇARRA", seria quase impossível no mais das vezes, alguém não saber deste magno personagem sertanejo e caririense, profundamente identificado com à própria história do cangaço lampiônico por estas bandas. Compondo assim com folga, o quarteto dos principais coiteiros de Lampião no Cariri cearense. A saber: os coronéis Isaías Arruda e Joaquim de Santana em Aurora e Missão Velha, bem como Zé Inácio do Barro e ele, seu "Tônho da PIÇARRA" para os lados do Macapá(Jati). Como até mesmo os cangaceiros o chamavam das muitas vezes que se acoitaram na sua fazenda, localizada entre os rincões de Brejo Santo, Ponteiras e Jati.

Seu Antônio da Piçarrra famoso coiteiro de Lampião.

"Um bom vaqueiro e bom amigo, tanto que se ele me mandar entrar num buraco eu entro", conforme o próprio dizer do rei do cangaço ao falar da sua confiança. Contudo, além de descanso, comida, armas, notícias e munições, o velho coiteiro também garantia a Vigulino Ferreira certa segurança e anonimato nas suas passagens pela Piçarra.

Dono das terras em que na última quadra dos anos vinte aconteceu "o fogo" em que tombou o famoso cangaceiro Sabino Gomes e lá mesmo fora enterrado em meio a caatinga do lugar. Ainda, a meio caminho da não menos afamada fazenda Guaribas do seu amigo de saga, Chico Chicote

Há quem diga que era um amigo benquiste do Padre Cícero, do qual também era afilhado, tendo certa feita, recebido a incumbência de abrigar em sua propriedade o bandoleiro vilabelense e seu bando. Inclusive, de ter sido ele, o responsável pela entrega a Virgulino da missiva-convite de Floro Bartolomeu onde convidava Lampião a fazer parte dos "batalhões patrióticos" que culminou com a entrada dos cangaceiros em 1926 em Juazeiro onde foram recebidos pelo padre. Quando do polêmico título de capitão.

Antônio da Piçarra declinou assim, acerca da figura do rei do cangaço:

“Lampião era moreno danado, chapéu, de couro quebrado adiante e atrás, cabelo grande que passava para fora do chapéu do tipo meio cacheado. E usava óculos branco e tinha um olho perdido. Mas era de presença boa".

•™Ligação com Missão Velha!

Cumpre destacar que "Antônio da Piçarra" era o Pai adotivo de seu Antônio Luís, o pai do empresário Antônio Miranda. Sendo que o pai biológico de seu Antônio Luís era chanado Luiz Tavares, primo legítimo de seu "Tonho da Piçarra".

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• prof. José Cícero.

foto, acervo:

LM/JF(MV).

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