Por professor José Cícero da Silva
Uma ação por
demais edificante e alvissareira para todos os missãovelhenses onde quer que
estejam. Quer seja no Cariri ou no além-fronteira do mundo. Algo que nos anima
a alma e o espírito a continuar ainda agora acreditando, que nem tudo está
perdido em termos de preservação da memória, dos valores e dos patrimônios
históricos da nossa terrinha. Que esta iniciativa nos sirva de modelo e de
exemplo para muito mais; antes que seja demasiadamente tarde.
De sorte que,
muito além da simbologia, a indústria Linard constitui uma emoção histórica
sentida e afetiva de tantos que como eu, carregam ainda hoje na lembrança a sua
imagem mais bonita, indelével, irretocável, romântica e quase mitológica. Diria
que
um jeito
alegre e literalmente provinciano de nos orgulhar em dizer em alto e bom som
aos quatro ventos: "isso é lá de nós". Num misto de entusiasmo,
encantamento e de saudade imensa. Verdadeiro corolário adornado de muitas
narrativas e contos fantásticos, muito além das nossas encantadoras imaginações
dos antigos anos de infância e de menino. Enfim, um grande legado
sociocultural, histórico e econômico que não tem preço.
Como de resto,
a saga do pioneiro Antonio Linard na expressão lidima do termo, é fogo de brasa
viva e imorredoura. Ferro temperado pelo suor do rosto, a coragem e a força
invencível que sempre animam e alimentam as utopias dos homens que nunca
desistem dos seus sonhos de grandezas e de conquistas.
Tal
reconhecimento portanto, ante a feitura do Museu Orgânico é de fato, o justo e
necessário reconhecimento a este importante empreendimento humano. De modo que,
assegurá-lo desde já às gerações do presente e do futuro é algo
fundamentalmente importante e imperioso. Ao tempo que também constitui um gesto
feliz e inadiável que nos vem em boa hora. Vendo isso, noutra dimensão
espiritual, o velho mestre Antonio Linardo há de está feliz, assim como os seus
e todos nós. Parabéns!
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