José Alves de
Matos, o afamado cangaceiro Vinte e Cinco, nasceu no dia 08 de março de 1917,
na fazenda Alagoinha, em Paripiranga/BA. Teve cerca de 12 irmãos (oito homens e
seis mulheres) no primeiro casamento de seu pai, no segundo, teve mais oito
irmãos (cinco homens e três mulheres). Segundo o mesmo, passou quase a sua
adolescência trabalhando com a cana-de-açúcar em Itabaiana, Lagarto, São Paulo,
Muribeca e Alagadiço, também como guia de cego no Estado de Sergipe com seus
13/14 anos.
Igualmente a
família Engrácia e muitas outras, teve parentes cangaceiros, sendo primos e
sobrinhos, como Zepellim, Pavão, Santa Cruz, Ventania, Chumbinho, Azulão e Pau
Ferro. Em entrevista para Aderbal, fala que o motivo da entrada destes fora por
uma surra que seu sobrinho (Zepellim) tomou da polícia, passando três dias de
cama.
Já com os seus
16 anos, José foi na localidade mais próxima, em Bebedouro, para que fosse
colocado meia-sola em um par de alpercatas. O sapateiro do local era Antônio
Passarinho, Cabo de polícia do destacamento da região, e acabou descobrindo que
o seu cliente tinha parentesco com bandoleiros que pertenciam aos famosos
sub-grupos de Lampião. O jovem foi preso e levado para a delegacia presente.
Interrogado com alguns murros e xingamentos, acaba chegando no local a força
volante do Sargento Hidelbrando. Soube do rapaz e veio ao seu encontro. Com
isso, José Alves acaba implorando para o mesmo que o soltasse, que estaria
disposto a entrar na polícia para a persiga dos cangaceiros e caçaria os seus
próprios parentes que andavam com Virgulino.
O sargento
acreditou na conversa dele e acabou libertando José, porém, falou que estava de
olho nele. Em caminhada de um quilômetro na estrada, encontrou o seu sobrinho
Pedro Alves de Matos, montado a cavalo e que vinha para buscar seu tio, indo em
destino para a casa da irmã de Pedro. Chegando no local, descobrem que os
cangaceiros estavam perto da morada, dando encontro com eles.
Eram os grupos
de Corisco e Mariano, sendo que Corisco só estava acompanhado de sua companheira,
Dadá, e do seu cachorro, Seu Colega. Nesse destino, fora marcado que José Alves
de Matos seguiria com Corisco e que Pedro Alves de Matos seguiria com Mariano,
ganhando o vulgo de Santa Cruz, no dia 25 de dezembro de 1933. José acaba
recebendo o apelido de Vinte e Cinco por Corisco, marcando a data natalina e da
entrada do mesmo em seu grupo.
Em discussão
com a mulher de Corisco, veio a seguir o bando de Lampião. O já bandoleiro
Vinte e Cinco participou de inúmeros combates, como o tiroteio em Pedra
D’água/SE, em 1936, onde morreu o cangaceiro Barra Nova.
No famoso 28
de julho de 1938, acabou escapando do combate por estar em missão junto dos
irmãos Velocidade e Atividade para pegar uma carga de mantimentos e munições.
Esteve presente também no massacre da família Domingos em agosto de 1938. Se
entrega junto com o grupo de Pancada em novembro de 1938 em Maceió/AL. Aprendeu
a ler e escrever na prisão e, quando saiu, conseguiu o emprego como Guarda
Civil no Estado. Se casou com Mariza, tendo sete filhos, gerando netos e
bisnetos.
José Alves de Matos, o Vinte e Cinco, morreu aos 97 anos, no dia 14 de junho de 2014, em Alagoas.
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Aderbal Nogueira, Blog João de Souza Lima e Blog do Mendes.
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