Por: João de Sousa Lima
João de Sousa Lima e o ex-cangaceiro Candeeiro
Manoel Dantas
Loyola foi o cangaceiro candeeiro e um dos sobreviventes do combate da
Grota do Angico. Nascido em Buíque, Pernambuco. Ingressou no bando de Lampião
em 1937, mas afirma que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas
quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco
tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir
com os bandidos para não ser morto. Candeeiro era aposentado e vivia na
vila São Domingos, distrito de sua cidade natal. Apelidado por Seu Né. No
primeiro combate com os "macacos", Candeeiro foi ferido na coxa.
"Era muita bala no pé do ouvido", lembra. O buraco de bala foi
fechado com farinha peneirada e pimenta.
CANDEEIRO diz
que, nos quase dois anos que ficou no bando, tinha a função de entregar as
cartas escritas por Lampião exigindo dinheiro de grandes fazendeiros e
comerciantes. Sempre retornava com o pedido atendido. Ele destaca que teve
acesso direto ao chefe, chegando a despertar ciúme de Maria Bonita. Em Angicos,
comentou que o local não era seguro.
"Desci
atirando, foi bala como o diabo .". Mesmo ferido no braço direito,
conseguiu escapar do cerco".
Dias depois,
com a promessa de ser não ser morto, entregou-se em Jeremoabo, na Bahia, com o
braço na tipóia. Com ele, mais 16 cangaceiros. Cumprindo dois anos na prisão, o
Candeeiro dava novamente lugar ao cidadão Manoel Dantas Loyola. Sobre a época
do cangaço, costuma dizer que foi "história de sofrimento". Mas ainda
é possível perceber a admiração por Lampião.
Postado por João de Sousa Lima no João de Sousa Lima em 7/24/2013
Enviado pelo escritor e pesquisador João de Sousa Lima
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