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terça-feira, 17 de novembro de 2015

LAMPIÃO X ZÉ CALU - Atrocidade

Por Ivanildo Alves da Silveira

Amigos da Comunidade:

Uma grande crueldade cometida por LAMPIÃO, foi em seu próprio Estado. A barbárie abjeta e vil por ele cometida na pessoa de ZÉ CALU, proprietário da Fazenda Melancia, as margens do Rio Pajeú, a uma distância de 06 km da cidade de Flores/PE.

O fuxico e a mentira são pestes nos sertões, plantadas desde as primeiras era da colonização do Brasil.

Lampião tinha uma atração especial por mexericos e pelos boatos, armados pelos mentirosos e fuxiqueiros.

O temível bandoleiro, arvorado de paladino da moral, fica sabendo que ZÉ CALU mantém um relacionamento incestuoso com as próprias filhas. Tal atentado ao pudor e aos preceitos divinos não poderia ficar na impunidade. Aquele monstro iria pagar muito caro, o seu terrível pecado, assim pensava o o poderoso cangaceiro.

A Justiça que iria julgar ZÉ CALU tinha um juiz: LAMPIÃO.


O veredicto estava dado aquele matuto: A MORTE


Além dos boatos, apareceu uma testemunha. Ela residia na povoação São João dos Leites, talvez um agente de mentira e da maldade, um homem chamado JOSÉ JOSINO - a peça que faltava para a execução do julgamento.


A peça que irá assinar a sentença é um arreador de bezerros. A cabroeira se acerca da Fazenda de ZÉ CALU e prende o mesmo.


O velho caboclo recebe ordens de se despir. É feita uma LAÇADA no arreador e nela SÃO AMARRADOS OS TESTICULOS DO CONDENADO.


Com os seus órgãos genitais presos pela laçada, a outra extremidade do relho foi segura em um armador de rede.


Dois cangaceiros, adredemente escolhidos, PUXAM A CORDA, suspendendo o supliciado.


Deixam-no de cabeça para baixo. Nesta posição o desventurado fica de dez a quinze minutos. O SUPLÍCIO É EXTREMO. A tortura está além dos limites da imaginação humana.

CONTINUA:
Ivanildo Silveira - 22 de junho de 2008 
Continuação:

Ninguém pode avaliar o sofrimento, a dor e agonia desse coitado. A atrocidade que sofreu não lhe arrancou de imediato a vida.


Ainda padeceu alguns meses.


Apesar de um homem de 60 anos era muito resistente, raiz forte daqueles campos pernambucanos.


Mesmo contra todas as expectativas consegue arrancar, não se sabe de onde, força e coragem para sobreviver e, ainda mais espantoso, tenta uma viagem ao Juazeiro do Padre Cícero. Acreditava, o infeliz, que o venerado sacerdote milagreiro iria pôr fim ao seu sofrimento.


Viajou. Não teve o prazer de se avistar com o Santo do Juazeiro.
Não teve êxito em seu intento.
FALECEU NA ESTRADA..

Fonte de Pesquisa: Livro " O SERTÃO DE LAMPIÃO, pgs 66/67 "
Autor: Alcino Alves Costa.
http://orkut.google.com/c35283564-t89726e7b6945ee4b.html
Ivanildo Alves da Silveira

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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