Chamativas,
sim. Exóticas também. Despertavam curiosidades por onde elas passavam e
às vezes amedrontavam as mulheres em virtude da fama de valentonas. Elas, as
cangaceiras, usavam vestidos de mescla azul-cinza de mangas compridas e a saia
vinha até os joelhos. Galões e sianinhas coloridos davam os detalhes dando
aquele charme.
Sandálias de
couro e meias longas e algodão para livrar-se dos espinhos pelo caminhar nas
caatingas, assim como as luvas de tecidos e bordadas no capricho com flor
de lis. Este, era o traje do dia a dia, mas existiam outros, os de festas,
geralmente em seda ou outro tecido fino.
Como não
tinham casa, levavam todos os pertences no corpo, inclusive as roupas vestidas
uma por cima da outra. Nos bornais de pano resistente e criativos idealizados
pela cangaceira Dadá, levavam remédios caseiros, perfumes (Dorli e Serenata),
batons (indispensáveis), pentes, orações etc.
No pescoço,
além dos lenços de seda, trancelins, correntes, cordões de ouro. Muito ouro.
Quanto mais, demonstrava o poder aquisitivo do companheiro. E muitos anéis nos
dedos.
Na cabeça, o
chapéu de feltro e nunca o de couro usados pelos homens. Estavam prontas para
enfrentar os perigos elegantes. Como eram vaidosas…
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