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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

SIMÃO BALBINO

Por Geraldo Maia do Nascimento

Foi o segundo presidente da Câmara Municipal de Mossoró. Era irmão do Padre Francisco Longino, o famoso sacerdote que por um bom tempo deixou o povoado de Santa Luzia do Mossoró apavorado, em virtude de uma série de fatos e acontecimento sangrentos em luta que sustentou ao longo dos anos com os Butragos que eram seus inimigos. Foi também o primeiro membro da numerosa família Guilherme de Melo a ocupar eletivo em Mossoró. Simão Balbino Guilherme de Melo nasceu no dia 31 de março de 1816, no povoado de Santa Luzia do Mossoró, sendo filho do Capitão Simão Guilherme de Melo e dona Inácia Maria da Paixão. Foi proprietário, agricultor e criador de gado. Ocupou os cargos de Delegado de Polícia, Juiz de Paz, Presidente e Vereador da Câmara e de Juiz Municipal suplente. Como político, militou nas fileiras do Partido Conservador, sendo grande amigo do Padre Antônio Joaquim Rodrigues, chefe local do referido partido. 


Casou-se com sua sobrinha Cosma Damiana da Paixão, que era filha de Maria da Paixão e Alexandre José. Do enlace nasceram os filhos: Guilherme de Medeiros Guilherme de Melo, Florêncio Guilherme de Melo, Simão Balbino de Melo, Antônia Bezerra de Medeiros, Francisca Maria da Conceição, Lourenço Guilherme de Melo e Inácia Maria da Paixão. Foi eleito Presidente da Intendência (Prefeito) para o período de 1857 a 1860, em substituição ao Padre Antônio Freire de Carvalho. Sua administração foi tida como boa, dentro dos limites de recursos que dispunha. Melhorou a feição urbanística da Vila, promovendo a demolição de um velho pardieiro de taipa que servia de mercado, além de outros serviços. Promoveu a construção do Cemitério Público, através da Lei nº 398, de 21 de agosto de 1858. Teve autorização do Presidente da Província, Bernardo Machado da Costa Dória (1811-1878), de despesas necessárias para construir uma estrada partindo da Vila de Mossoró em direção do Aracati, no Ceará. Nesse período a instrução pública foi beneficiada com a criação da primeira escola para o sexo feminino, criada pela Lei nº 478, de 13 de abril de 1860 e o setor da navegação marítima também recebeu benefícios, com dois melhoramentos: Lei do Presidente da Província mandando construir um armazém no Pontal da Barra de Mossoró e concessão de uma subvenção à Companhia Pernambucana de Navegação Costeira, para que o porto de Mossoró fosse incluído nas escalas do Norte. No último ano de seu governo, 1860, a Vila de Mossoró recebeu a visita do novo Presidente da Província, José Bento da Cunha Figueiredo Júnior e também do missionário Padre Ibiapina, quando teria fundado uma Casa de Caridade. Simão Balbino Guilherme de Melo faleceu no dia 15 de julho de 1893, aos 77 anos de idade, de uma vida ordeira e trabalhadora, sendo admirado por todos. A Cidade de Mossoró o homenageou emprestando seu nome a uma rua no bairro Alto de São Manoel.

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